2019
DOI: 10.18542/amazonica.v11i2.7365
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“Corpoterritorialização” Katukina: lampejos etnográficos sob as perspectivas femininas indígenas

Abstract: Neste artigo, propomos o conceito de “corpoterritorialização”, fundamentado nas perspectivas femininas indígenas, porque acreditamos que a territorialização se constitui como um processo corporal onde corpos e fluidos femininos contagiam, direcionam e regulam a coexistência indígena com e entre o território, e seus constituintes. Assim,argumentamos que as/os Katukina (território Rio Biá, Amazonas) constroem e reconstroem ativamente seus mundos sociais e físicos conceitualizados em termos de gênero e corporalid… Show more

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“…Assim, para Ana Manoela Karipuna (inspirada pela antropóloga Braulina BANIWA, 2018; 2019), corpo, território e saúde da mulher se interseccionam e respeitar as restrições durante a menstruação é uma forma de autocuidado que adquire diferentes contornos entre moças Karipuna que vivem em aldeias e cidades. A noção de que, entre povos ameríndios, corpos e territórios se constroem mutuamente (Célia CORREA XAKRIABÁ, 2018; Myrian Sá Leitão BARBOZA; Larissa Duarte Ye'padiho TUKANO; Jaime Xamen WAI WAI, 2019;BANIWA, 2018; consiste numa importante premissa do movimento feminista e decolonial na América Latina hoje (Julieta PAREDES, 2010;CABNAL, 2010). Como o sangue é o principal mediador dos termos que compõem o corpo-território (apesar de não ser o único), ele pode se tornar uma questão-chave nas alianças entre mulheres indígenas e movimentos feministas na América Latina.…”
Section: Menstruação Na Mediação Das Relações Com 'Outros' (Humanos/ ...unclassified
“…Assim, para Ana Manoela Karipuna (inspirada pela antropóloga Braulina BANIWA, 2018; 2019), corpo, território e saúde da mulher se interseccionam e respeitar as restrições durante a menstruação é uma forma de autocuidado que adquire diferentes contornos entre moças Karipuna que vivem em aldeias e cidades. A noção de que, entre povos ameríndios, corpos e territórios se constroem mutuamente (Célia CORREA XAKRIABÁ, 2018; Myrian Sá Leitão BARBOZA; Larissa Duarte Ye'padiho TUKANO; Jaime Xamen WAI WAI, 2019;BANIWA, 2018; consiste numa importante premissa do movimento feminista e decolonial na América Latina hoje (Julieta PAREDES, 2010;CABNAL, 2010). Como o sangue é o principal mediador dos termos que compõem o corpo-território (apesar de não ser o único), ele pode se tornar uma questão-chave nas alianças entre mulheres indígenas e movimentos feministas na América Latina.…”
Section: Menstruação Na Mediação Das Relações Com 'Outros' (Humanos/ ...unclassified
“…trabalhos de acadêmicas indígenas, através das categorias corpoterritório (Aurora Baniwa, 2018Baniwa, , 2022 e "corpoterritorialização" (Barboza, et al, 2019) falam da importância dos lugares na construção da pessoa, principalmente na formação do corpo feminino. As edições das Marchas das Mulheres Indígenas, realizadas desde 2019, também levam para o debate público a relação corpo-território, uma relação, que como vem sendo apresentada é tanto de cuidar como de ser cuidada pela terra.…”
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“…Trata-se de corpos-territórios das mulheres indígenas Kiriri que por muito tempo resistem à marginalização. Essa categoria "territóriocorpo-território"(Cabnal, 2010) desenvolvida por intelectuais indígenas latino americanas, consubstancia a ideia de transgressão das teorias ocidentais ao politizar e relacionar os processos de violência sofridas pelas mulheres indígenas e permite uma melhor compreensão da corporeidade (inter)subjetividade e reflexividade feminina indígena, e reverbera o movimento de defesa de seus corpos e territórios que postulamos no contexto deste trabalho(Barbosa;Tukano;Waiwai, 2019).Oriundos de Mirandela região semiárida da Bahia, a família conta atualmente com trinta e cinco integrantes entre crianças e adultos, a qual, reside na área do Centro de Treinamento de Irrigantes cedida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Parnaíba. Desde o ano de 2010 quando foram empossados nesse território -ver o Mapa 1 -enfrentam contrastes de interesses não apenas com o Estado e órgãos municipais em relação ao processo de demarcação.…”
unclassified