Neste artigo, propomos o conceito de “corpoterritorialização”, fundamentado nas perspectivas femininas indígenas, porque acreditamos que a territorialização se constitui como um processo corporal onde corpos e fluidos femininos contagiam, direcionam e regulam a coexistência indígena com e entre o território, e seus constituintes. Assim,argumentamos que as/os Katukina (território Rio Biá, Amazonas) constroem e reconstroem ativamente seus mundos sociais e físicos conceitualizados em termos de gênero e corporalidade, embora sejam influenciados por diferentes marcadores, incluindo espiritualidade, parentesco, mobilidade, dieta, entre outros. Baseado nos movimentos (cotidianos e sazonais) e nas cosmopoéticas de gênero Katukina, além da retomada do “território epistêmico” feminino indígena, demonstramos a importância feminina e a complementaridade na territorialização, timidamente retratada na academia.
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