2015
DOI: 10.12660/gvexec.v14n2.2015.56842
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Corrupção, antipetismo e nova direita: elementos da crise político-institucional

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“…Certamente, havia iniciativas individuais mais radicalizadas, como a de Olavo de Carvalho e seu programa True Outspeak e o Mídia Sem Máscara, que datam do início da década de 2000 e, desde então, propagam discurso conspiratório sobre a ditadura comunista na América Latina (Roxo, 2009). No entanto, a massificação de um campo orgulhoso de direita remete, sobretudo, aos movimentos pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff a partir de 2014, que lançaram organizações civis como Movimento Brasil Livre, NasRuas, Vem pra Rua e Revoltados On line (Tatagiba, 2018); além de um nicho informativo próprio, composto por sites como Renova Mídia, Conexão Política, MBLNews, Jornalivre, Folha Política, Imprensa Viva, Jornal da Cidade Online, entre outros (Alves, 2019;Penteado e Lerner, 2017, Santos e Tanscheit, 2019Telles, 2015).…”
Section: Aspectos Digitais: Hiperpartidarismo E Efeitos Tecnológicosunclassified
“…Certamente, havia iniciativas individuais mais radicalizadas, como a de Olavo de Carvalho e seu programa True Outspeak e o Mídia Sem Máscara, que datam do início da década de 2000 e, desde então, propagam discurso conspiratório sobre a ditadura comunista na América Latina (Roxo, 2009). No entanto, a massificação de um campo orgulhoso de direita remete, sobretudo, aos movimentos pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff a partir de 2014, que lançaram organizações civis como Movimento Brasil Livre, NasRuas, Vem pra Rua e Revoltados On line (Tatagiba, 2018); além de um nicho informativo próprio, composto por sites como Renova Mídia, Conexão Política, MBLNews, Jornalivre, Folha Política, Imprensa Viva, Jornal da Cidade Online, entre outros (Alves, 2019;Penteado e Lerner, 2017, Santos e Tanscheit, 2019Telles, 2015).…”
Section: Aspectos Digitais: Hiperpartidarismo E Efeitos Tecnológicosunclassified
“…Logo, torna-se necessário entender quem os eleitores, ou grupo de eleitores, percebem como os responsáveis pela corrupção. Nessa perspectiva, Telles (2015) joga luz as opiniões dos cidadãos presentes nas manifestações pró impeachment de Dilma Rousseff acerca da responsabilidade da corrupção no governo brasileiro, evidenciando que parte considerável desse grupo (cerca de 36%) afirmam estar se manifestando pela indignação com a cor-rupção, e 66,8% acreditavam que a corrupção era o pior problema do país, no entretanto, a maioria declararam que o PT fez um grande mal à nação e mais 80% deles viam, tanto o ex-presidente Lula, quanto a então presidente Dilma como malfeitores -mesmo nenhum deles tendo sido condenados por qualquer crime na época-. A autora parece ser assertiva ao afirmar que este tipo de percepção da corrupção leva ao "aumento da intolerância e desejo de líderes outsiders" e que "a saída para a crise pode passar por um novo líder" (Telles, 2016: 121), tendo em vista as eleições de 2018 e a vitória de Bolsonaro, em que, como aponta Rennó (2020), os apoiadores mais fiéis do candidato eleito veem a corrupção como um dos principais problemas a serem enfrentado pelo país.…”
Section: Corrupçãounclassified
“…No entanto, existem fatores exógenos aos abordados até aqui que também possuem influência no desenvolvimento do sentimento antipetista. Telles (2015), por exemplo, aponta que a formação desse sentimento e sua manifestação nos protestos contra o governo da ex presidente Dilma Rousseff em 2014, apesar de apresentarem discursos pautados no combate a corrupção e a insatisfação com a performance do governo em diversos campos, especialmente na economia, "não procede simplesmente de uma reação às notícias sobre corrupção, provém também da divergência com projetos e políticas redistributivas e de expansão dos direitos de minorias" (Telles, 2015: 3).…”
Section: Antipetismounclassified
“…Logo, torna-se necessário entender quem os eleitores, ou grupo de eleitores, percebem como os responsáveis pela corrupção. Nessa perspectiva, Telles (2015) joga luz as opiniões dos cidadãos presentes nas manifestações pró impeachment de Dilma Rousseff acerca da responsabilidade da corrupção no governo brasileiro, evidenciando que parte considerável desse grupo (cerca de 36%) afirmam estar se manifestando pela indignação com a cor-rupção, e 66,8% acreditavam que a corrupção era o pior problema do país, no entretanto, a maioria declararam que o PT fez um grande mal à nação e mais 80% deles viam, tanto o ex-presidente Lula, quanto a então presidente Dilma como malfeitores -mesmo nenhum deles tendo sido condenados por qualquer crime na época-. A autora parece ser assertiva ao afirmar que este tipo de percepção da corrupção leva ao "aumento da intolerância e desejo de líderes outsiders" e que "a saída para a crise pode passar por um novo líder" (Telles, 2016: 121), tendo em vista as eleições de 2018 e a vitória de Bolsonaro, em que, como aponta Rennó (2020), os apoiadores mais fiéis do candidato eleito veem a corrupção como um dos principais problemas a serem enfrentado pelo país.…”
Section: Corrupçãounclassified