Nos últimos anos, o campo do design tem sido ressignificado por novas perspectivas, que o entendem como prática universal empreendida por todos. Este artigo investiga o processo de reconceituação da prática do designer em meio a essas mudanças. Para isso, toma como referência autores que pensam o design a partir da autonomia e, como ilustração da abrangência desse conceito, o entendimento do trabalho artesanal como atividade emancipadora. O artigo fundamenta-se, assim, na ideia de que a mudança do campo é processo que tem por objetivo construir um design que não compartimente o conhecimento e que se transforme a partir das relações construídas. Conclui-se que essa nova perspectiva permite considerar artesãos como designers, não só por suas capacidades projetuais no desenvolvimento de produtos, mas também por terem autonomia como grupo para decidir seu próprio futuro.