“…Os artigos também demonstram como as crianças brancas são percebidas positivamente, enquanto crianças negras têm experiências marcadas por discriminação e humilhações (Guizzo et al, 2017), sendo frequentes as formas pejorativas de tratamento (Santiago, 2015b) e a perpetuação de apelidos e estereótipos referentes ao gênero, sexualidade e raça. Há também a expressão de docentes acerca da identidade negra como "furacãozinho" ou "vilão", alguém que não se comporta, que estraga as brincadeiras, bate nos colegas (Buss-Simão & Santin, 2015), com "hiperssexualidade e ginga" (Santiago, 2015b); castigadas mesmo em situações em que se comportavam, enquanto crianças brancas estavam sempre livres de castigos (Oliveira & Abramowicz, 2010). Nesse contexto marcado por uma perspectiva discriminatória, há uma desvalorização e não incentivo dos profissionais em relação a alunos negros, contribuindo para a baixa autoestima e a processos de evasão escolar (Buss-Simão & Santin, 2015).…”