A importância das plantas alimentícias para a saúde humana transcende o aspecto nutricional, podendo contribuir para a prevenção de doenças, em função da presença de substâncias bioativas, dentre as quais se destacam alguns compostos fenólicos. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo fazer uma revisão integrativa da literatura sobre as principais metodologias analíticas utilizadas no Brasil para extração, identificação, quantificação e avaliação da atividade antioxidante (AA) de fenólicos totais (FT) em alimentos, abordando seus avanços e fragilidades. Observou-se que ainda não foi estabelecido um protocolo universal para estudos de FT e de sua AA, pois fatores como origem da amostra ainda são preponderantes para a escolha dos métodos. O elevado custo é o principal fator limitador para a ampla utilização de técnicas mais modernas como a liofilização, apesar de outras metodologias não-convencionais como extração por ultrassom (US) e micro-ondas estarem se popularizando. A maceração, a extração com solvente, a percolação e a extração a frio permanecerem como os métodos de extração mais comuns no Brasil. Apesar do uso de técnicas cromatográficas, como HPLC, acopladas a potentes detectores serem mais precisas para quantificação e identificação, o elevado custo também tem restringido a popularização de seu uso, permanecendo a técnica espectrofotométrica de Folin-Ciocalteau como a mais difundida, devido a sua simplicidade, reprodutibilidade e conveniência. Quanto à medição da AA é comum o uso de mais de uma metodologia para a sua determinação, a fim de suprir as fragilidades de cada método.