Este trabalho buscou averiguar se há formação para atuação com populações étnico raciais nas 13 faculdades e universidades de Psicologia do Distrito Federal (Brasil). Na primeira etapa foram mapeadas as produções bibliográficas sobre essa temática nas bases de dados SciELO, BVS-Psi, Portal Capes e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, sendo localizados apenas 5 trabalhos. Na segunda, foi realizado um levantamento dos currículos acadêmicos e das ementas dos cursos, resultando em 23 disciplinas, com apenas 2 que tratavam diretamente do tema em questão. Quanto ao corpo docente, apenas 14% dos 81 profissionais possuíam em seus currículos lattes indicadores de envolvimento com temática indígena. Diante dos resultados, observa-se uma dissonância entre referenciais teóricos e a realidade brasileira e a necessidade de construção de uma formação decolonial, que possibilite a este profissional a tentativa de um diálogo transcultural junto a estas populações.
PALAVRAS-CHAVE:Psicologia. Avaliação do currículo. Formação profissional. Relações étnicas.
INTRODUÇÃOO presente artigo discutirá a formação de psicólogos no Planalto Central. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico das produções sobre a intersecção entre formação em psicologia e atuação junto a povos indígenas. Posteriormente, verificou-se junto aos currículos de graduação em Psicologia a presença de discussões étnico-raciais bem como análise do corpo docente destas instituições. Trata-se de um trabalho resultante das discussões produzidas pelo PET-Psicologia da UnB, o qual procurou problematizar a precariedade da formação de psicólogos e a escassez de trabalhos publicados a esse respeito.Considera-se que discutir a formação em psicologia a partir desses temas é indispensável para se pensar a atuação deste profissional junto a populações vulnerabilizadas e negligenciadas historicamente por essa área do saber. A presença de psicólogos nos territórios 4 Programa Educação Tutorial -Ministério da Educação.