RESUMO A história curricular das universidades públicas brasileiras mostra seu compromisso com concepções e representações forjadas nas relações coloniais, de modo que, em seus espaços, formas de produção, validação, aplicação e circulação de conhecimentos ainda são disputadas com base em uma matriz epistemológica ocidental, eurocentrada, racializada. Nesse sentido, questiono se as presenças indígenas nas universidades, ampliadas na última década, podem constituir-se em possibilidade de produção de novos sentidos e de novos arranjos das diferenças. Tais presenças tendem a provocar rupturas nas matrizes curriculares, tensionando outras materializações do conhecimento? As categorias com as quais temos operado a definição desses conhecimentos dão conta da demanda indígena que literalmente ganha corpo na universidade? A experiência em curso em algumas universidades permitide conceber a presença indígena como possibilidade de deslocamentos curriculares.
A proposta desta reflexão, de caráter evidentemente introdutório, é destacar alguns dos discursos que foram se constituindo em torno da sexualidade, procurando evidenciar aqueles aspectos que deram sustentação à nomeação do normal e do abjeto, particularmente, nas formulações psicanalíticas elaboradas por Sigmund Freud nos seus Três ensaios sobre a teoria da sexualidade: As aberrações sexuais, A sexualidade infantil e As transformações da puber- dade, na análise procedida por Michel Foucault acerca do dispositivo da sexualidade e nos escritos desestabilizadores das teóricas Gayle Rubin e Judith Butler.
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