Este estudo objetivou avaliar a tendência da mortalidade por doenças isquêmicas (DIC) do coração e cerebrovasculares (DCbV) no Brasil e regiões de 1980 a 2018. Trata-se de um estudo ecológico, que avaliou dados sobre mortalidade por DIC e DCbV no Brasil e regiões, de 1980 a 2018. Os dados de 1980 a 1996 foram provenientes da CID-9 e de 1997 a 2018 da CID-10. A taxa de bruta de mortalidade (TBM) e a taxa padronizada de mortalidade (TPM) foram calculadas. Para análise de tendência optou-se pela regressão linear simples. O Excel 2019 e o BioEstat 5.0 foram utilizados. No Brasil, a média de TPM foi de 68 casos para cada 100 mil habitantes para o grupo DIC em toda série temporal. Destaca-se um decréscimo de 45,43% na mortalidade de 1980 a 2018 em todo país. Na análise de tendência da mortalidade por DIC, somente o Nordeste e o Norte demonstraram tendência de elevação dos casos (p<0,05). No tocante a DCbV, a média nacional da TPM foi de 74,5/100 mil hab. com destaque para o sul com 91,7/100 mil. Na série temporal, o Brasil apresentou redução de 60,2% nos casos, sendo 104,7 casos/100 mil em 1980 e 41,6/100 mil em 2018. Somente o Nordeste e o Norte apresentaram tendência na elevação de casos (p<0,05). O presente estudo contribui com informações que permitem o melhor controle, prevenção e monitoramento das doenças cardiovasculares, na medida em que as intervenções se concentram em cada região do país, almejando diminuir as desigualdades na saúde pública.
Esse artigo tem por objeto as relações estabelecidas entre os Guarani-Mbya e os cachorros domésticos, tendo como foco a convivência cotidiana dos moradores das aldeias indígenas do Jaraguá (zona noroeste de São Paulo) com os cães que ali são abandonados pela população da metrópole. Este texto é resultado de uma Iniciação Científica financiada junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) na qual buscou-se compreender a posição destes animais no universo Mbya, assim como as práticas materiais e simbólicas que conectam os cães e os demais seres do mundo – outros animais, espíritos, divindades e humanos, índios e não índios. Tendo por pano de fundo o crescente interesse antropológico acerca das relações entre humanos e animais, esta reflexão espera contribuir para tal debate através descrição do coletivo formado pelos Mbya-Guarani e os cachorros nas aldeias na capital paulista. A abordagem etnológica desse trabalho justifica-se pela possibilidade de fornecer subsídios para discussões e ações tendo em vista a questão dos cães nas aldeias do Jaraguá. As descrições e dados apresentados aqui foram produzidos durante pouco mais de um mês de trabalho de campo nas aldeias Guarani no Jaraguá, de modo que seu principal resultado é a compreensão das afecções enredadas nas relações entre os cães e os Guarani-Mbya – como dó e alegria. O foco nas relações estabelecidas entre os Mbya dessas aldeias e os cães pode vir a contribuir para o diálogo entre os indígenas, o poder público e as pessoas envolvidas na questão, pois reconhece-se que qualquer intervenção legítima na situação deve levar em consideração a perspectiva dos Mbya sobre o tema.
Mulheres acometidas pelo câncer de mama são submetidas constantemente a mastectomia, como principal forma de tratamento. Nesse momento, diversos sentimentos perpassam desde o diagnóstico ao tratamento, em razão da importância desse órgão à figura feminina. Para tanto, buscou-se analisar os aspectos envolvidos na autoestima de mulheres com câncer de mama e/ou submetidas à mastectomia. Para o alcance do objetivo, foi realizado um estudo de revisão integrativa da literatura de natureza qualitativa e caráter descritivo. Após leitura integral de 60 estudos indexados nas bases de dados da SciELO, BVS, LILACS, PubMed e Science Direct, obtidos a partir do cruzamento entre os descritores, selecionou-se 14 artigos científicos nos idiomas inglês (50%), português (35,7%) e espanhol (14,3%), com predominância no ano de 2019 (35,8%), seguido de 2018 (28,6%) e 2017 (21,4%), enquanto 2020 e 2021 apresentaram o mesmo quantitativo (7,1%). Nesse contexto, dentre os sentimentos negativos mais prevalentes em mulheres mastectomizadas, destacam-se sensações de inferioridade, sintomas de depressão, vergonha, isolamento, pessimismo, alterações na imagem corporal e satisfação sexual. Portanto, ressalta-se a importância da rede de apoio e da reconstrução mamária, por refletir positivamente na diminuição dos sintomas desencadeados nas diversas situações em que as mulheres perpassam durante sua luta contra o câncer de mama.
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