Resumo O estudo tem por objetivo estremar as relações de poder, dependência e exclusão existentes na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e suas implicações nos níveis de sua organização e nos aspectos das instituições que a compõem. A pesquisa é documental, e seu corpus é formado por documentos oficiais, projetos de lei, leis, relatórios emitidos por órgãos federais, páginas eletrônicas e produções acadêmicas. A lente teórica utilizada, com o uso das categorias estabelecidos e outsiders, é a teoria eliasiana. Constatou-se que as 19 Escolas de Aprendizes Artífices representam a gênese da Rede, que, apesar das tensões, foi ampliada politicamente. O avanço para níveis mais elevados de ensino, materializado em transformações institucionais, tem como ponto de inflexão a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O Ministério da Educação vem propondo políticas para frear o pleito individual dos membros da Rede para níveis mais elevados de ensino. O movimento mais notório nesta direção foi a implantação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Conclui-se que a Rede, enquanto uma configuração pulsante, foi construída entre o estigma de ofertar uma espécie de ensino de segunda classe, destinada às classes mais desfavorecidas (ÉRGA) e a busca de um status superior (ÉPEA).