“…Uma explicação da realidade, realista ou cifrada, realiza-se em comunhão entre o mundo da escrita e o da leitura". No caso específico da propriedade fundiária, essa associação é ainda facilitada porque o conceito de propriedade e de direito de propriedade são relações sociais juridificadas (Rao, 2018;Korah et al, 2020;Pereira, 2021) e, como colocam Nascimento e Maria (2019, p.419), "o Direito se faz notar em cada obra literária, servindo de sustento para a compreensão da progressão temporal das normas jurídicas e das sociedades como receptoras destas". Para finalizar, consideramos que este texto contribui para a discussão sobre potencialidades e limites do uso da literatura como fonte para compreensão da cidade contemporânea e seu futuro Além disso, literatura é ficção, mas também pode ser utopia.…”