A troca de posição institucional/administrativa, de situação para oposição, bem como a proximidade entre duas reformas na Previdência, a realizada durante o governo FHC (PSDB), aprovada em 1998, e a realizada durante o governo Lula (PT), aprovada em 2003, colocaram o PSDB num contexto político diferente até então: ser oposição e ter de apreciar uma “nova” proposta de reforma na Previdência semelhante e ampliada a realizada quando o partido era situação/governo. Em vista disso, o objetivo deste artigo consiste em identificar e compreender os argumentos dos deputados peessedebistas em relação às reformas da Previdência realizadas nos governos FHC e Lula, com o intuito de verificar as formações discursivas e apontar suas variações num contexto mais amplo. Para esse fim, foram utilizados os aspectos teóricos e metodológicos da teoria do discurso de Laclau e Mouffe. Entendemos que nesse contexto específico entre reformas ficou evidenciada uma divergência entre os objetivos pragmáticos do partido e sua posição ideológica. Todavia, quando analisados seus discursos, verificamos continuidades ideológicas.Palavras-chave: PSDB. Teoria do Discurso. Reforma da Previdência.