É uma honra e compromisso fazer a abertura de uma coletânea tão significativa, com participações robustas e que retratam a fecundidade das pesquisas ao redor da temática da educação a partir do viés teórico dos Estudos Decoloniais.Desde o início registro as felicitações aos/às organizadores/as e, especialmente, à Revista Eventos Pedagógicos da UNEMAT (Sinop). Após tantos anos e teorias no campo da educação, desde o tecnicismo nas décadas de 1960/1970, nos deparamos com os chamados Estudos Decoloniais, uma proposta ancorada em várias áreas do conhecimento, como a história, a sociologia, a antropologia, a política, a economia, etc., com impacto, sobretudo, no campo da educação o que não significa que todos seus elementos sejam novidades, tendo em vista que alguns elementos apresentam íntima conexão com o que nos deixou como legado o pensamento do mestre Paulo Freire. Paralelo e quase concomitante apresentam-se outros movimentos teóricos como aquele conhecido como "Estudos Subalternos" mais relacionado a autores/as asiáticos/as e europeus, e "Estudos Pós-coloniais", assim como o termo "descolonizar/decolonizar", também relacionado ao "grupo Modernidade/Colonialidade" (M/C) 1um coletivo de intelectuais de pensamento crítico predominantemente latino-americanos, de base transdisciplinar. Todos tomam 1 O grupo Modernidade/Colonialidade é constituído por inúmeros intelectuais de nacionalidade latinoamericana e americanista. Dentre eles se destacam o filósofo argentino Enrique Dussel, o sociólogo peruano Aníbal Quijano, o semiólogo e teórico cultural argentino Walter Mignolo, o sociólogo portoriquenho Ramón Grosfoguel, a socióloga Sílvia Cusicanqui, a linguista norte-americana radicada no