O cognitivismo ortodoxo enxerga a biologia e a bioevolução como fenômenos totalmente desprezíveis e irrelevantes em relação ao mecanicismo e o determinismo funcionalista que utiliza como premissa e ferramenta lógica para tentar compreender a realidade biológica. Nosso objetivo nesse artigo é chamar a atenção para o fato de que não há nenhum indício confiável que possa embasar este tipo de visão mecanicista. Como poderia a parte equivaler ao todo, o conteúdo ao continente, um resíduo da operação vital à própria operação? Em suma, o problema mente-cérebro que o cognitivismo cria para si – como pretendemos demonstrar – é na verdade um falso problema.