2018
DOI: 10.1590/s0104-71832018000200005
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Derrota interna, sucesso exterior: a patrimonialização do xamanismo entre os Baniwa (Alto Rio Negro – Amazonas)

Abstract: Resumo Este artigo explora as transformações do xamanismo entre os Baniwa, um povo indígena do noroeste amazônico cujos membros se converteram na sua maioria ao cristianismo evangélico em meados do século XX. A partir de uma abordagem que enfatiza a dimensão “dialógica” das atividades xamânicas, descreve as antigas expressões da pajelança baniwa, as alterações que sofreram devido à difusão do cristianismo evangélico e as tentativas contemporâneas de reabilitação de certos dos seus aspectos através de “projetos… Show more

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“…dentre essas situações, que nos interessa para caracterização e análise neste texto, corresponde ao Alto Rio Negro. Após a conquista da homo- logação de uma extensa Terra Indígena em 1998, as associações indígenas -agrupadas na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) ampliaram as reivindicações para outras áreas como a educação, a saúde e, sobretudo, a cultura (CAPREDON, 2018). Segundo Capredon (2018), o interesse por este último tema, incentivado por indigenistas e antropólogos, foi motivado pela preocupação crescente em torno da preservação das "culturas tradicionais" a nível internacional (CAPREDON, 2018).…”
Section: A Cultura Indígena Como Patrimôniounclassified
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“…dentre essas situações, que nos interessa para caracterização e análise neste texto, corresponde ao Alto Rio Negro. Após a conquista da homo- logação de uma extensa Terra Indígena em 1998, as associações indígenas -agrupadas na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) ampliaram as reivindicações para outras áreas como a educação, a saúde e, sobretudo, a cultura (CAPREDON, 2018). Segundo Capredon (2018), o interesse por este último tema, incentivado por indigenistas e antropólogos, foi motivado pela preocupação crescente em torno da preservação das "culturas tradicionais" a nível internacional (CAPREDON, 2018).…”
Section: A Cultura Indígena Como Patrimôniounclassified
“…Após a conquista da homo- logação de uma extensa Terra Indígena em 1998, as associações indígenas -agrupadas na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) ampliaram as reivindicações para outras áreas como a educação, a saúde e, sobretudo, a cultura (CAPREDON, 2018). Segundo Capredon (2018), o interesse por este último tema, incentivado por indigenistas e antropólogos, foi motivado pela preocupação crescente em torno da preservação das "culturas tradicionais" a nível internacional (CAPREDON, 2018). A salvaguarda compreende medidas que viabilizam, após a patrimonialização, a ampla promoção e divulgação do patrimônio, cooperando para que o mesmo seja um ativo socioeconômico e de sustentabilidade.…”
Section: A Cultura Indígena Como Patrimôniounclassified
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“…El interés por el tema de los derechos de propiedad cultural y el patrimonio indígena viene desde fines de la década de 1990 (Simpson, 1997;Brown, 1998Brown, , 2003, pero no es sino tras la adopción de la Convención para la Salvaguardia del Patrimonio Cultural Inmaterial por la Unesco en 2003 cuando los estudios sobre patrimonialización de las culturas indígenas cobran fuerza. Aquí, nuevamente, las prácticas shamánicas ocupan un lugar central (Caicedo, 2010;Loures y Alves, 2017;Capredon, 2018). Pero también hay una diversidad de trabajos que analizan los procesos de patrimonialización de los mitos y conjuros trumaí (Vienne y Allard, 2005), de los cantos shamánicos chacobo (Erikson, 2011), de los diseños geométricos shipibo-conibo (Belaunde, 2012), de los rituales karajá y suruí (Nahum Claudel et al, 2017), o de las flautas y timbales mosetenes (Barrientos, 2017).…”
Section: La Juventud Milenial Y Posmilenialunclassified