O objetivo deste artigo é analisar, a partir da Teoria da Sinalização, se estar nos níveis diferenciados de governança corporativa afeta as recomendações dos analistas de investimento do mercado brasileiro. Essa teoria trata dos problemas de assimetria informacional, que podem ser reduzidos com a sinalização de mais informação. Como proxies para a adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa utilizou-se a listagem das empresas que adotaram níveis diferenciados de governança corporativa da Brasil, Bolsa, Balcão (B3). As informações sobre as recomendações de compra, de manutenção e de venda foram coletadas da base de dados Thomson Reuters. No total, foram analisadas 450 empresas brasileiras de capital aberto com ações negociadas na B3, no período de 2010 a 2016, totalizando 3.112 observações. Dessas, 185 empresas eram cobertas por analistas, totalizando 1.034 observações, e 265 empresas não eram cobertas por analistas, perfazendo 2.078 observações. Para análise dos dados, utilizou-se o método de Regressão Logística. De acordo com os resultados obtidos, há evidências de que os níveis diferenciados de governança corporativa afetam as recomendações de compra e venda dos analistas. Portanto, esta é uma evidência de que esses segmentos de listagem podem ser ententidos com um sinal positivo para os analistas. Desta forma, esta evidência sugere que a adoção de boas práticas de governança corporativa seja valorizada por analistas e investidores do mercado brasileiro. Os resultados encontrados podem auxiliar investidores, gestores, reguladores e acadêmicos na compreensão acerca de como a governança pode ser um instrumento de sinalização positiva no mercado financeiro.