Desenvolvimento fenológico de frutos de lichia (Litchi chinensis) em diferentes regiões

Abstract

Avaliou-se o desenvolvimento fenológico de frutos da lichieira em duas regiões diferentes do Brasil, sendo uma em Casa Branca-SP e outra em Monte Belo-MG. As avaliações foram realizadas quinzenalmente, tendo início a partir do vingamento dos frutos e seguindo até o ponto de maturação fisiológica dos respectivos locais. Foram realizadas as seguintes avaliações: número de frutos por inflorescência, diâmetro longitudinal e transversal, matéria fresca e seca dos frutos, teor de sólidos solúveis e acidez titulável dos frutos. A abscisão dos frutos em Casa Branca foi constante até 28 dias do vingamento, com perda de aproximadamente 46% dos frutos. Em Monte Belo a perda foi constante durante todo o período de avaliação, sem que houvesse estabilização deste parâmetro. A acumulação de matéria seca no início das avaliações foi lenta em ambos os locais, passando a acelerar respectivamente após os 28 e 27 dias do vingamento. No ponto de maturação fisiológica, as plantas de Casa Branca apresentaram um número médio de 10 frutos por inflorescência a mais do que as plantas de Monte Belo. Em ambos os locais, os frutos levaram cerca de 12 semanas após o vingamento para chegarem ao estádio de maturação fisiológica.

Physical, chemical, nutritional and antinutritional characterization of fresh peels of yellow pitaya (Selenicereus megalanthus) and red pitaya (Hylocereus costaricensis) and their flours

“…It is observed that the peels and their fl ours present less acidity, which can be attributed to the process of transformation into sugars or the use as a substrate during the maturation in their respiratory process (FERREIRA et al, 2017). Enciso et al (2011, stated an 80% reduction in acidity during the storage process of red pitaya samples with white pulp (Hylocereus undatus Haw.…”

Curva de crescimento e maturidade hortícola de frutos de Litchi chinensis cv. Bengal para exportação cultivados na microrregião de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

“…Na literatura, o padrão de desenvolvimento dos frutos para várias cultivares, incluindo a cultivar Bengal, considera duas fases bem distintas: primeiramente ocorre o crescimento do pericarpo, seguido da semente, e posteriormente do crescimento rápido do arilo (JAISWAL et al, 1982;HUANG et al, 1983;HIEKE et al, 2002;HUANG, 2004;MITRA, 2004;WEI et al, 2013). Com isso, este aumento de diâmetros dos frutos de lichia até próximo à colheita ocorre em função do desenvolvimento do conjunto desses tecidos (FERREIRA et al, 2017;SALOMÃO et al, 2006).…”

“…No entanto, à medida que o tempo avança e ocorre o desenvolvimento dos frutos, espera-se um aumento progressivo na matéria fresca, chegando ao pico de crescimento próximo à maturação fisiológica. Em contraste, nossos resultados divergem dos encontrados por Ferreira et al, (2017), que observaram um aumento intenso na matéria fresca dos frutos ao longo de todo o ensaio, com valores de 0,51 e 0,13 g 15 dias após o vigamento nas duas regiões de estudo. Essas discrepâncias no padrão de desenvolvimento dos frutos podem ser atribuídas às características da cultivar (FERREIRA et al, 2017).…”

“…A cor característica do pericarpo dos frutos da cultivar Bengal, que varia de vermelho rosado a vermelho intenso, juntamente com sólidos solúveis totais superior a 18 (°Brix), são atributos de qualidade essenciais que determinam o ponto de colheita. Além disso, outros índices podem ser considerados como tamanho, peso, acidez e o ratio (HOLCROFT; MITCHAM, 1996;NAKASONE;PAULL, 1998;KUMAR et al, 2013;FERREIRA et al;2017, BRETAS, 2022. Porém, normalmente a coloração do pericarpo é a principal característica associada à maturação dos frutos (UNDERHIL; COATES; SAKS, 1997;NAKASONE;PAUL, 1998, MENZEL;WAITE, 2005, MOTA, 2009FREITAS, 2015).…”

“…A determinação precisa do ponto de maturidade hortícola, balizada pelo entendimento da curva de crescimento e maturação do fruto é essencial para garantir a qualidade e a durabilidade dos frutos após a colheita (PÉREZ, 2006;MARTINS et al, 2001;WEI et al, 2013. Além disso, a colheita no momento correto pode influenciar diretamente no rendimento e na produtividade da cultura, porque reduz perdas em função do não atraso na colheita, significando maior qualidade e aproveitamento dos frutos e, consequentemente, aumenta o rendimento da cultura (FERREIRA et al, 2017).…”