O surgimento da emergência internacional em saúde pública originada pelo novo coronavírus-2 gerou a adoção de medidas não farmacológicas preventivas, como o isolamento social, como forma de conter a propagação. Entretanto, com a manifestação da nova doença e o confinamento adotado, a população passa a ser conduzida pela curiosidade em compreender melhor a enfermidade, optando em realizar buscas online sobre a temática, porém o usuário ao encontrar informações pertinentes à possíveis medicamentos que estejam entrelaçadas a notícias falsas, torna-se propício em crer e praticar a automedicação irresponsável como forma preventiva. O presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito de informações sobre medicamentos com estudos científicos inconclusivos contra Covid-19 contidas na internet e a influência na automedicação durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O estudo trata-se de uma revisão de literatura, no qual utilizou-se obras científicas contidas em base de dados publicadas entre o ano de 2020 a 2021. Os dados obtidos demonstram que as publicações de possíveis medicamentos intitulados promissores, despertaram a curiosidade em parte da sociedade brasileira no qual notou-se o aumento de buscas pelos descritores em sites de pesquisas, sendo apontado as redes sociais Facebook e WhatsApp como prováveis fontes disseminadoras de informações errôneas, no qual o impacto do compartilhamento pode ter provocado o aumento na venda das drogas em debate e consequentemente a elevação da automedicação durante o período. No entanto, a colaboração de outros fatores como o psicológico abalado, diminuição de confiabilidade na ciência e o temor pelo futuro incerto tem levado parte dos brasileiros à uma corrida sem precedentes em drogarias e farmácias em busca dos fármacos promitentes.