“…Merleau-Ponty (1974) assinala que há dois modos de ser: [...] o ser em si, que é aquele dos objetos estendidos no espaço, e o ser para si, que é aquele da consciência. Ora, diante de mim outrem seria um em si, e todavia ele existiria para si, para ser percebido ele exigiria de mim uma operação contraditória, já que ao mesmo tempo eu deveria distingui-lo de mim, portanto situá-lo no mundo dos objetos, e pensa-lo como consciência, quer dizer, como essa espécie de ser sem exterior e sem partes ao qual só tenho acesso porque ele sou eu, e porque nele se confundem aquele que pensa e aquele que é pensado (MERLEAU-PONTY, 1974, p. 468 ponto, Matarezi (2006) reafirma os distanciamentos da Trilha com as atividades de sensibilização, por valorizar as diversidades culturais e ambientais, trabalhando com as relações "Eu-Meio Ambiente, Eu-Outro, Eu-Comigo Mesmo de forma vivencial e reflexiva" (MATAREZI, 2006, p. 6). Esta estrutura de relação "comigo, com o outro, e com o todo", evidencia um ser no mundo da qual Merleau-Ponty (1974) retrata, constituído por relações que deflagram a existência.…”