Keywords: vitamin B 6 ; flow injection spectrophotometry; pharmaceutical preparations.
ARTIGO
INTRODUÇÃOVitamina B 6 (cloridrato de piridoxina) é um pó cristalino branco, inodoro e relativamente estável ao ar e à luz. Suas soluções aquosas são mais estáveis em valores de pH menores que 5, tornando-se menos estáveis em valores de pH maiores que 7, especialmente quando irradiadas com luz na região do UV-Visível 1 . Vitamina B 6 está amplamente distribuída na natureza, sendo as fontes de sua obtenção o fígado, farelo de cereais, levedura, melaço bruto de cana e germe de trigo. Essa vitamina consiste de uma mistura de piridoxina, piridoxal e piridoxamina (Figura 1), que são normalmente interconvertidas no organismo. Desses compostos, a piridoxina é a mais estável sendo normalmente usada nas preparações farmacêuticas na forma de sais como cloridrato (Adermina), ascorbato, aspartato e piridofilina. São também utilizados vários derivados análogos da piridoxina, tais como: (a) iodometilato de piridoxina, usado por via oral ou parenteral; (b) piritinol (Encefabol), desprovido de atividade neurotrófica; (c) 3-lauroil-4,5-dialcetilpiridoxina, indicada para o tratamento de dermatoses e (d) piridoxilato, um precursor da piridoxina. No organismo a piridoxina converte-se em fosfato de piridoxal, que atua como coenzima de cerca de 60 enzimas, a maioria relacionada com o metabolismo de proteí-nas e aminoácidos. Essa vitamina desempenha importante papel na síntese de neurotransmissores como a noradrenalina, dopamina, serotonina e histamina. Participa também de reações de degradação de aminoácidos, em que um dos produtos finais é a acetil-coenzima A, necessária à produção de energia e à síntese de proteínas, lipídios e acetilcolina 1,2 . O fosfato de piridoxal atua como coenzima na primeira etapa da síntese de esfingosina, substância que ocupa posição chave no metabolismo dos esfingolipídios, componentes essenciais nas membranas celulares das bainhas de mielina. Uma vez que os esfingolipídios têm renovação metabólica muito rápida, a preservação da integridade estrutural e funcional do sistema nervoso requer a síntese constante de esfingosina, dependente de vitamina B 6 1,2 . A carência de piridoxina determina alterações na pele e mucosas, lesões seborréicas da face, glossite, estomatite; no sistema nervoso central e periférico, convulsões, depressão, neuropatia; na hematopoese, anemia microcítica hopocrômica, com reserva normal ou aumentada de ferro (anemia sideroblástica) 1,2 . Existem vários procedimentos para a determinação de vitamina B 6 descritos na literatura 3-23 , destacando-se os bioanalíticos, microbiológicos e químicos. Os procedimentos bioanalíticos e microbiológicos são trabalhosos e consomem longos tempos de análise 3,4 , enquanto que os métodos químicos apresentam maior precisão e menor tempo de execução 5,6 . Os procedimentos químicos mais empregados incluem a cromatografia gasosa 7 , cromatografia líquida de alta eficiên-cia (CLAE)