Dedico esta pesquisa a todos aqueles que vivem ou trabalham nas ruas, que resistem e re-existem dia-dia com seus corpos na cidade.Que possamos nos aproximar para compreender com esses que vivem nos espaços urbanos -e tem seus corpos marcados pelos acirramentos espaciais, sociais, presentesaquilo que temos de responsabilidade com esse fazer-cidade.Corpos que caminham, permanecem, que buscam... e intensificam a potência de transformar as necessidades urbanas em existência inventiva com a cidade, ainda que de modos precários e em meio a pobreza, despossuídos de bens ou propriedades, ganham a cidade com seus corpos, reinventam modos de habitá-la, tornam-se extensões de seus corpos. Dedico especialmente aos que habitam, frequentam e aos que encontrei de passagem pelo Largo São Benedito e todos aqueles que fazem dos processos urbanos desta praça um lugar de reinvenção de encontros na cidade.À memória das Mães-Pretas, Mestre Tito e todos ancestrais de raiz africana que compõem a formação da história das nossas cidades brasileiras, do nosso povo e da nossa cultura.