A gravidez não planejada na adolescência é bastante comum no Brasil e, com frequência, tem como origem a falta de educação sexual. Isso, consequentemente, pode levar a consecutivas gestações pelas jovens que desconhecem informações sobre métodos contraceptivos. Desse modo, este projeto teve como objetivo amparar, esclarecer dúvidas e disseminar informações sobre o uso de métodos anticoncepcionais para adolescentes grávidas e no puerpério. Trata-se de um relato de experiência realizado por oito discentes do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sobre as intervenções feitas no Hospital das Clínicas - UFPE e nas Unidades de Saúde da Família da Mangueira, Coqueiral II, São Miguel e Bongi, todas em Recife-PE. A extensão teve duas etapas, uma de formação teórica entre docentes e discentes, e outra de aplicação prática, que precisou ser adaptada devido à ausência de todas as pacientes nas rodas de conversas marcadas, assim, o projeto utilizou-se de conversas individuais. O projeto atingiu 74 gestantes e puérperas adolescentes, no formato remoto ou presencial, e 30 delas concordaram em participar. As conversas envolveram temáticas esclarecedoras sobre educação sexual e nelas 93,3% das participantes mostraram interesse em usar anticoncepcional no puerpério, 83,3% delas já utilizado anteriormente, e 53,3% possuíam conhecimento sobre mais de um método disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após a adaptação da abordagem, o projeto teve adesão satisfatória, podendo ser um precursor de medidas de intervenções sobre planejamento familiar durante o pré-natal da adolescente grávida.