Dificuldades De Profissionais Na Atenção À Saúde Da Pessoa Com Surdez Severa

Abstract

RESUMOObjetivo: Investigar as dificuldades de profissionais da saúde para a realização da consulta com a pessoa com surdez severa. Materiais e métodos: Estudo transversal, descritivo e qualitativo, realizado em março de 2011, na rede de atenção primária em saúde de Campina Grande -Paraíba. Utilizou-se um questionário estruturado, e 89 profissionais da saúde da Estratégia de Saúde da Família responderam sobre dificuldades para a consulta ao surdo. As respostas foram categorizadas por meio de Análise de Conteúdo na Modalidade Temática. Resultados: Dentre as dificuldades, destacaram-se: comunicação prejudicada, déficit na formação de recursos humanos para a consulta e reconhecimento das necessidades de saúde, infraestrutura inadequada para acolhimento e atendimento ao surdo, incerteza com relação aos cuidados em saúde prescritos na consulta e prejuízo da autonomia do paciente. Conclusão: Percebeu-se que a comunicação prejudicada constitui uma barreira para a promoção de saúde e que profissionais e unidades de saúde não estão capacitados para acolher e atender às necessidades de saúde da pessoa com surdez severa.Palavras chave: Surdez, pessoal de saúde, atenção à saúde, barreiras de comunicação, enfermagem. ABSTRACTObjective: To investigate the difficulties for health care professionals when dealing with patients with severe deafness in a medical appointment. Method: This is a cross-sectional, descriptive and qualitative study conducted in March 2011 in the Primary Health Care Network of Campina Grande -Paraíba. We used a structured questionnaire completed by 89 health professionals working in the Health Family Strategy. They 1 Artigo extraído da Dissertação de Mestrado intitulada: Atenção à saúde do surdo na perspectiva do profissional da saúde. Programa

Potências e limites no cotidiano da formação acadêmica no cuidado à saúde da pessoa surda

“…Students' quotidian in care for deaf people Bernardo LA, Tholl AD, Nitschke RG, Viegas SMF, Schoeller SD, Bellaguarda MLR, Tafner DPOV The intermediation of communication between the health professional and the deaf person results in negative implications, because from the moment that someone answers for the person, it becomes notorious the loss of his/her autonomy, due to the exclusion of the communication process with the professional, which also has ethical implications in relation to his/her privacy and breach of confidentiality about intraining that the person does not wish to share 29 .…”

Necessidade do aprendizado de língua de sinais para melhor comunicação médico-paciente

“…Médicos atestam que o atendimento a um paciente com o qual eles não sabem se comunicar gera desconforto e incerteza. Nesse sentido, já na primeira parte do atendimento, a anamnese de pacientes surdos requer um cuidado bem mais específico, visto que a comunicação médicopaciente só é facilmente praticada por quem tem o conhecimento de fala da língua portuguesa e não necessita de atenção diferenciada (França et al, 2016). Diante disso, a saída da "zona de conforto" do médico para um atendimento diferenciado não é uma tarefa fácil, pois as consequências desse ruído comunicativo são negativas tanto para o paciente como para o profissional, haja vista que, muitas vezes, esses trabalhadores se sentem angustiados por não serem capazes de se comunicar com esse público, em contrapartida os surdos e os deficientes auditivos não têm acesso pleno a informações.…”

“…Porém, isso gera um problema ainda maior, visto que existe um alfabeto de sinais específico que deve ser usado com um deficiente auditivo que conhece a língua, pois a utilização de outros gestos pode confundir o paciente e até mesmo constrangê-lo. (França et al, 2016).…”

“…O exercício do atendimento médico aos surdos deve ser desvinculado da palavra "desafio", para que possa ser visto como um atendimento cotidiano e receba a devida importância por médicos em busca desse novo conhecimento, principalmente por ser um direito básico do cidadão, previsto na Carta Magna. (França et al, 2016).…”

Tecnologias educativas empregadas na educação em saúde para pessoas com surdez: Uma revisão integrativa

“…De acordo com a OMS, a perda auditiva é classificada de acordo com o limiar de audição verificado em decibéis (dBNA). Portanto, pode ser: leve (26 -40 dBNA), moderada (41 -60 dBNA), severa (61 -80 dBNA) ou profunda (+ 80 dBNA) sendo classificada de três formas: bilateral, parcial ou total (OMS, 1997;França et al, 2016).…”