Pesquisas com egressos permitem avaliação do processo de formação sendo relevantes para o planejamento e readequação das políticas de educação. O processo de ensinoaprendizagem de enfermeiros se pauta pelos princípios das DCN para atuação no SUS. O currículo é o eixo normatizador do processo formativo, constantemente construído e reconstruído, considerando as mudanças sociais e a evolução das políticas educacionais e de saúde. Objetivo: Analisar a influência do currículo na formação de enfermeiros egressos de uma Instituição de Ensino Superior pública, em consonância com as DCN e com os princípios do SUS. Método: Estudo de trajetória metodológica descritiva, exploratória, quanti-qualitativa, com base nos pressupostos das Abordagens das Teorias de Currículo e na Formação de Enfermeiros para o SUS. Participaram do estudo 198 (68,5%) egressos, formados entre 2008 a 2018, que responderam ao Instrumento enviado por plataforma digital, juntamente com o TCLE. O padrão de respostas foi estatisticamente demonstrado em dendrogramas e gráficos. As narrativas foram analisadas de acordo com a Análise Temática proposta por Minayo (2004). Resultados: Os participantes da pesquisa são mulheres, brancas, com faixa etária entre 30 e 40 anos, residentes na região Sudeste. Constatou-se que no percurso acadêmico participaram de atividades extracurriculares, tiveram a oportunidade de cursar pós-graduação e uma parcela eram técnicos/auxiliares de enfermagem. No trabalho recebem de 2 a 7 salários mínimos, são contratados por meio de processos seletivos, a maioria (80,26%) trabalha em uma instituição, em unidades hospitalares, na atenção básica, no ensino médio e superior, perfazendo carga horária entre 37 a 44 horas semanais. A inserção dos egressos no mundo do trabalho ocorre em conformidade com a proposta curricular na qual se formaram. Evidenciou-se o preparo para o exercício de suas atividades profissionais e a instrumentalização para a assistência integral do ser humano, família e comunidade, com preceitos éticos e rigor científico, capacidade técnica e cientifica e aptos para desenvolver Educação em Saúde. Ressaltam-se dificuldades em áreas como Saúde Integral do Homem, Saúde do Idoso, Recém-nascido, Criança e Adolescente, trabalho em equipe, uso de tecnologias de saúde, comunicação nos processos de trabalho, cuidados com a própria saúde física e mental e atuação política em órgãos decisórios. Na visão dos egressos o processo ensino-aprendizagem configura-se como convencional e sugerem a utilização de metodologias ativas, além de sentirem dificuldades no protagonismo de sua atuação. Constatou-se insatisfação relacionada com a renda salarial e a falta de reconhecimento profissional. Conclusões: A formação acadêmica deve ser capaz de preparar profissionais aptos para o desenvolvimento de ações integradas e contínuas com o sistema de saúde, de forma humanizada e crítica pautada na ética e bioética. A experiência relatada pelos egressos favorece reformulações do processo de ensino em uma sociedade em constantes mudanças. Pesquisas dess...