Este trabalho aborda o uso do imperativo na campanha de isolamento social, dentro da proposta metodológica de pesquisa empírica. Por meio das plataformas Facebook e Instagram, foram coletados dados sobre o incentivo a ficar em casa em todos os municípios de 16 estados brasileiros na primeira quinzena de abril. Observamos o predomínio da fórmula ‘Fique em casa’ nas regiões sul e sudeste e oscilação entre ‘Fique’ e ‘Fica’ nos estados nordestinos. Essas escolhas que estão na contramão dos usos na fala espontânea são interpretadas à luz do quadro teórico de atos ilocucionais (Austin, 1990; Searle, 1981 e 2002), associado ao princípio da marcação (Givón, 1995).