O presente artigo busca analisar as contribuições das ocupações de escolas em Uberlândia e seu papel na construção de uma escola pública de fato, em oposição à escola estatal. A partir do materialismo histórico, Marx, Engels, Gramsci e Thompson, buscamos indicar como os estudantes conseguiram, por meio da ação política, compreender algumas das expressões da escola estatal, como a pedagogia tradicional e a forma de gestão burocrática que não os envolvem nas tomadas de decisões. E nesse sentido, ao assumirem a gestão escolar de forma auto-organizada, criaram uma escola democrática, aberta para atualidade e para a comunidade, visando uma formação humana omnilateral, com o trabalho como um princípio educativo e com os estudantes no centro do processo pedagógico, movimento que estamos chamando de escola pública.