Esse trabalho teve como objetivo realizar o levantamento epidemiológico de cães com microfilaremia em Centro Diagnóstico Veterinário localizado no município de Niterói, estado do Rio de Janeiro. A microfilaremia pode ser causada por várias espécies de filarídeos, como a Dirofilaria immitis, Dirofilaria repens e Acanthocheilonema reconditum. Essas espécies liberam microfilárias na corrente sanguínea de seu hospedeiro infectado, sendo a espécie que mais acomete os cães, Dirofilaria immitis, causadora da parasitose denominada dirofilariose canina. Para a realização deste estudo foram analisados 10.996 exames hematológicos, no período de janeiro a setembro de 2020, dos quais 292 foram positivos (2,66%) para microfilaremia, sendo 284 (97,26%) pela técnica do esfregaço sanguíneo, dois (0,70%) pela técnica da gota espessa e seis (2,05%) por ambos os métodos. Os dados foram coletados dos municípios de Niterói (36%), São Gonçalo (30,5%), Maricá (29,5%) e Itaboraí (4,1%). O mês de janeiro teve 42 casos positivos (3,77%), fevereiro 34 (3,48%), março 9 (0,86%), abril 41 (4,15%), maio 42 (3,54%), junho 40 (2,45%), julho 48 (3,45%), agosto 17 (1,12%) e setembro 19 (1,37%). Dentre os animais positivos para microfilaremia 147 eram machos (50,3%), 144 fêmeas (49,3%) e 1 não foi informado (0,3%), com idade média de 6 anos, não tendo sido encontradas diferenças estatísticas entre os gêneros e raças dos animais. Face ao exposto a média de casos positivos para microfilaremia canina foi de 2,65% do total de exames analisados, ressaltando a importância dos achados hematológicos e da solicitação de métodos mais sensíveis na rotina clínica.