“…A desmontagem veicular é uma "economia de sobras" (Bize, 2020), que figura como opção de consumo de autopeças a preços mais acessíveis do que os praticados por concessionárias de veículos e revendedores de peças "genuínas". Apesar de historicamente vistos como uma economia popular informal e estigmatizada, por serem considerados o principal destino de carros roubados ou furtados (Pinho et al, 2022), os desmanches legalizados atualmente são um mercado que movimentaria mais de 4 bilhões de reais por ano 23 , e que está conectado a outros agentes econômicos mais "legitimados", como companhias de seguros e leiloeiros. Por muito tempo, essa atividade foi exercida de maneira informal, até que, no ano de 2014, foi implementada uma lei propondo a formalização do setor -a "lei do 22.…”