ResumoO objetivo do artigo é examinar a especifi cidade da fantasia na clínica contemporânea. Buscaremos analisar a particularidade de um fantasiar de menos valia narcísica que se manifesta de forma privilegiada nesta clínica e os aspectos que o determinam. A fi xidez do fantasiar penoso revela-se uma problemática que não só difi culta a mobilidade psíquica do sujeito, como também coloca obstáculos à própria mobilidade da prática psicanalítica. Começaremos por Freud, examinando suas elaborações teóricas a respeito da noção de fantasia, a fi m de sublinhar a positividade da atividade prazerosa do fantasiar. Analisaremos ainda as contribuições teórico-clínicas de Winnicott a respeito da imobilidade e estereotipia da vida de fantasia. Nossa hipótese é a de que a especifi cidade da relação primária que se estabelece entre o infans e a fi gura materna determina a extensão e mobilidade do fantasiar. Indicaremos que a fi xidez da fantasia decorreria de uma relação traumática de submissão absoluta ao objeto primário. Desenvolveremos uma refl exão teórico-clínica a propósito da condução do tratamento analítico com tais pacientes.Palavras-chave: Fantasia, clínica, psicanálise, contemporaneidade.
The Fixity of Fantasy in Contemporary Clinic
AbstractThe goal of this article is to examine fantasy`s specifi city in contemporary clinic. We intend to analyze the particularities in a fantasy of narcissist under value that is manifested in a privileged form in this clinic, as well as analyze its determinant aspects. The fi xity of painful fantasy reveals itself as a problematic that not only makes psychic mobility diffi cult for the subject, but it also raises obstacles to the mobility of the psychoanalytic practice itself. We will begin with Freud, examining his theoretical elaborations in respect to fantasy, with the intent to underline the positivity in the pleasurable fantasy activity. We will analyze the theoretical-clinical contributions of Winnicott in respect to the immobility and stereotypic of fantasy life. Our hypothesis is that the specifi city of the primary relationship established between the subject and the mother fi gure determines the extent and the mobility of the fantasy. It is our intention to indicate that the fi xity of fantasy comes from a traumatic absolute submission relationship to 1 Endereço para correspondência: Rua Peri, 125/C01,