A Christian Ingo Lenz Dunker, por me acompanhar na travessia de uma escrita, entre a alienação e a separação dos significantes do Outro, entre a identificação e a criação, tornando produtivas as experiências de indeterminação. Agradeço pelas valiosas sugestões, pela leitura atenta e pelo alto-astral nas orientações.A Maria Lívia Tourinho Moretto e Niraldo de Oliveira Santos, por estarem presentes em minha banca examinadora e pelas sugestões valiosas na qualificação, fundamentais para a continuidade da pesquisa.Ao CNPq, pelo apoio à pesquisa.A todos os colegas do grupo de orientação -Dulce, Clarice, Hugo, Rafael Franco, Marcus Cesar, Rafael Cossi, Maria Letícia, Rafael Lima, Daniele, Rogério, Natalie, Lígia, Luciana, Beto, Pedro, Ilana, Mayla, Renata, Karen, João Felipe, Vanessa -, que contribuíram com indicações bibliográficas, sugestões e leituras atentas, tornando o trabalho de pesquisa menos solitário.A Dulce Coppedê, por sua generosidade e amizade cheia de humor, que foram fundamentais neste percurso.A Pepita, por me acompanhar no difícil processo de "largar o objeto" e soltar as palavras.Ao grupo do Ateliê sobre o Feminino, do Clin-a -Renata, Tatiana e Juliana -, pelas sugestões teóricas e pela leveza das discussões num terreno tão enigmático.Ao meu querido pai, Sergio, muito obrigada por todo o apoio, estando sempre por perto, com seu jeito tranquilo e divertido, transmitindo o essencial sobre a arte de pescar -arte que é de cada um, única.A minha querida mãe, Sandra, gratidão sem palavras pela sua doação, apoio; por acolher minhas angústias e comemorar minhas conquistas.Aos meus irmãos, Luciana e Rodrigo, pela amizade e palavras de incentivo.Ao meu marido Ricardo, por seu amor, pela parceria e por acreditar em mim.Ao meu filho Theo, pelo seu entusiasmo contagiante com a vida. Esta pesquisa parte da constatação clínica de que os sujeitos anoréxicos apresentam subjetividades uniformizadas e uma propensão à homogeneidade discursiva e atitudinal entre si.Tal identidade levanta a hipótese sobre a presença de um tipo de contágio psíquico entre as pacientes anoréxicas. Consideramos a epidemia anoréxica como um movimento coletivo definido por uma mesma narrativa de sofrimento, que possui uma frequência significativamente relevante, entre mulheres jovens, de aproximadamente 0,4% ao ano. Investigamos o conceito de identificação em Freud e em Lacan, e encontramos comentadores que tratam da identificação na anorexia, sugerindo a presença de um tipo especial de identificação necessário para explicar a noção de epidemia anoréxica. Tal hipótese nos levou simultaneamente a um modelo epidemiológico psicanalítico para certas formas de sofrimento que se propagam, historicamente, sob a forma de um contágio psíquico. Localizamos a epidemia anoréxica na identificação imaginária, do estádio do espelho, e a relacionamos ao discurso do capitalista e a uma comunidade de gozo. O fracasso da identificação narcísica nas anorexias severas -mais especificamente as falhas na constituição da unidade da imagem -é responsável por um excess...