2017
DOI: 10.5380/psi.v21i2.47810
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Do que o bebê precisa? A função de cuidar na perspectiva das educadoras de bercário

Abstract: O presente estudo teve por objetivo investigar a função de cuidar na perspectiva das educadoras de berçário. Participaram desse estudo quinze educadoras de berçário de duas creches públicas federais de Porto Alegre/RS. As educadoras responderam a entrevistas e as suas respostas foram examinadas através de análise de conteúdo qualitativa. Os resultados evidenciaram que as educadoras consideram o bebê como foco do seu trabalho, estando o serviço da creche voltado para o atendimento das suas necessidades. Contudo… Show more

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“…Uma vez que essa forma de pensar o cuidado pode autorizar o educador a se relacionar apenas com o corpo da criança -ou uma parte deste -, ele não precisaria, sobretudo nos momentos de cuidado, interagir ou se envolver emocionalmente com ela. Nesse sentido, reduzir o cuidado ao atendimento das necessidades físicas pode ser uma forma de os educadores se manterem afastados e se protegerem de entrar em contato com os sentimentos oriundos do convívio direto com bebês e crianças pequenas, uma vez que o trabalho com essa faixa etária pode provocar ou despertar no profissional uma variedade de emoções muitas vezes difícil para o educador dar conta sozinho (Cardenal, 2011;Elfer, 2007Elfer, , 2015Hopkins, 1990;Polli & Lopes, 2017). Como essa compreensão do cuidado pode se fazer presente e, portanto, atrapalhar o re-lacionamento e a interação educador-criança, é fundamental que espaços de escuta sejam ofertados dentro das Instituições de Educação Infantil para os profissionais que compõem suas equipes.…”
Section: Educar E Cuidarunclassified
“…Uma vez que essa forma de pensar o cuidado pode autorizar o educador a se relacionar apenas com o corpo da criança -ou uma parte deste -, ele não precisaria, sobretudo nos momentos de cuidado, interagir ou se envolver emocionalmente com ela. Nesse sentido, reduzir o cuidado ao atendimento das necessidades físicas pode ser uma forma de os educadores se manterem afastados e se protegerem de entrar em contato com os sentimentos oriundos do convívio direto com bebês e crianças pequenas, uma vez que o trabalho com essa faixa etária pode provocar ou despertar no profissional uma variedade de emoções muitas vezes difícil para o educador dar conta sozinho (Cardenal, 2011;Elfer, 2007Elfer, , 2015Hopkins, 1990;Polli & Lopes, 2017). Como essa compreensão do cuidado pode se fazer presente e, portanto, atrapalhar o re-lacionamento e a interação educador-criança, é fundamental que espaços de escuta sejam ofertados dentro das Instituições de Educação Infantil para os profissionais que compõem suas equipes.…”
Section: Educar E Cuidarunclassified
“…For instance, when the mother is sleep-deprived and feeling tired and overwhelmed, the care given to the baby may be marked by impatience and the mother may have diffi culty dealing with behaviors of tantrum or disobedience by the baby (Sehn & Lopes, in press). Therefore, taking care of babies is a complex task, which may lead to anxiety and feelings diffi cult to deal with for the caretakers, whether in a family context (Caron & Lopes, 2014;Gomes, 2016) or even in collective care facilities, such as daycare centers (Polli & Lopes, 2017). Namely, regardless of the caretaking arrangement (family or daycare, for example), the role of caring for a baby is, in itself, demanding, which points to the importance of more investigation and understanding of this phenomenon (Caron & Lopes, 2014).…”
Section: Adaptaciones Maternas En La Función De Cuidar Y Educar a Losmentioning
confidence: 99%
“…Assim, na creche, são também funções da educadora atender às necessidades, tanto físicas quanto emocionais, de todos os bebês, num período caracterizado pela dependência absoluta e relativa, o qual é exigente por si só (Winnicott, 1983). Estudos realizados nesse contexto, com crianças sem deficiência, têm destacado a importância da sensibilidade das educadoras ao reconhecer as necessidades do bebê, o que contribui para a atuação na educação infantil (Page & Elfer, 2013;Polli & Lopes, 2017). Por outro lado, também têm sido ressaltadas as dificuldades derivadas da complexidade emocional envolvida nesta tarefa (Page & Elfer, 2013).…”
Section: Introductionunclassified
“…Nesse sentido, Pessôa, Seidl-de-Moura, Ramos e Mendes (2016) destacam que oferecer um cuidado afetivo no espaço de creche pode se tornar um desafio para as educadoras, as quais parecem demonstrar maior preocupação em oferecer ao bebê somente os cuidados que atendam às suas necessidades físicas, com pouco investimento nas interações afetivas. Tais aspectos podem ser explicados pelo fato de que o cuidado de bebês exige disponibilidade emocional e pode despertar ansiedades e sentimentos difíceis de lidar (Polli & Lopes, 2017).…”
Section: Introductionunclassified
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