2016
DOI: 10.1590/1982-02672016v24n03do
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DOSSIÊ - Fazer história: o estatuto das fontes e o lugar dos acervos nas pesquisas de história de arquitetura e da cidade no Brasil

Abstract: Cidade e arquitetura são objetos de pesquisa que apresentam uma multiplicidade de abordagens e de interpretações. Se ambas podem ser vistas a partir de suas características materiais, parece igualmente importante, ao se buscar construir as suas narrativas históricas, recuperar aquilo que Goethe lembrava como "uma parte essencialmente essencial: a vida". Pode-se afirmar sem constrangimentos que esse tem sido um dos caminhos de pesquisa mais profícuos nos últimos tempos, incorporando-se às interpretações, além d… Show more

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“…José Lira (2021) apresentou um excelente relato sobre a formação de acervos em universidades do Norte global ao longo das últimas décadas do século xx, mas não se pode perder de vista que esse interesse pelos acervos e arquivos não é resultado apenas das mudanças nas atividades de ensino e pesquisa dos historiadores de arquitetura. É fruto da revisão historiográfica, que passou a considerar em seu espectro cartas, cadernos de anotações, livros, croquis, desenhos, fotografias e maquetes (Castro;Carvalho e Silva, 2016), mas também decorre da importância que a cultura visual assumiu na academia desde, ao menos, os anos 1980. 15 Das diversas iniciativas daquele momento, duas merecem destaque: a criação do Program in Media and Modernity, na Universidade de Princeton, sob a direção de Beatriz Colomina e Devin Fore; 16 e do Department of Visual Cultures no Goldsmiths College (Universidade de Londres), que conta com um mestrado em arquitetura 17 e deu nascimento a uma das mais proeminentes agências de arquitetura: o Forensic Architecture, 18 coordenado por Eyal Weizman.…”
Section: O Norte Global E Os Acervos De Arquiteturaunclassified
“…José Lira (2021) apresentou um excelente relato sobre a formação de acervos em universidades do Norte global ao longo das últimas décadas do século xx, mas não se pode perder de vista que esse interesse pelos acervos e arquivos não é resultado apenas das mudanças nas atividades de ensino e pesquisa dos historiadores de arquitetura. É fruto da revisão historiográfica, que passou a considerar em seu espectro cartas, cadernos de anotações, livros, croquis, desenhos, fotografias e maquetes (Castro;Carvalho e Silva, 2016), mas também decorre da importância que a cultura visual assumiu na academia desde, ao menos, os anos 1980. 15 Das diversas iniciativas daquele momento, duas merecem destaque: a criação do Program in Media and Modernity, na Universidade de Princeton, sob a direção de Beatriz Colomina e Devin Fore; 16 e do Department of Visual Cultures no Goldsmiths College (Universidade de Londres), que conta com um mestrado em arquitetura 17 e deu nascimento a uma das mais proeminentes agências de arquitetura: o Forensic Architecture, 18 coordenado por Eyal Weizman.…”
Section: O Norte Global E Os Acervos De Arquiteturaunclassified
“…laços que consagram certos episódios do passado, mas deixam de fora outros agentes e períodos constitutivos da cidade, que passam a ser reconhecíveis na sua ação e importância a partir de revisões historiográficas atentas às representações (CHartier, 1990); à produção, circulação e consumo dos discursos sobre a cidade silVa, 2016) e ainda à cultura material (meneses, 1996). a partir delas, identificam-se no tecido da cidade várias camadas de tempo, materializadas em intervenções reais, que foram modificando o espaço, transfigurando, desfigurando, redesenhando-o, sempre por meio de embates sociais intensos, muitas vezes violentos, embora nem sempre explícitos.…”
Section: Introductionunclassified
“…2 CAMINHOS URBANOS EM ExTENSÃO o curso articula as três dimensões da cidade -a de artefato, a de campo de forças e a de representação -, trabalhando com o aporte de outras disciplinas das ciências sociais, mas também da literatura, da fotografia, do cinema, das artes visuais, extrapolando o campo da arquitetura e do urbanismo stricto sensu e atentando às falas de seus habitantes (mumFord, 1961;silVa, 2016). trata-se de refletir sobre como lógicas distintas atuam em são paulo por meio de diversos agentes ao longo do tempo mello, 2009), reconhecendo que a cidade é constituída por vários estratos de tempo (KoselleCK, 2014) e escalas espaciais (lepetit, 2001).…”
Section: Introductionunclassified