Economia, tecnologia e inovação: da teoria da firma à gestão da inovação

Abstract

Para a visão econômica neoclássica, a tecnologia representa uma variável estática, posta à disposição das firmas no mercado; as firmas são agentes racionais dotados de postura previsível com o objetivo de maximizar lucros. Por dedução, o processo de inovação é uma atividade de alocação ótima de recursos. A elaboração da Teoria da Firma abre o caminho para abordagens mais amplas acerca do processo de inovação tecnológica na firma na Economia. Nessa perspectiva, a coordenação dos processos de alocação dos recursos é assimilada pela firma; o processo de inovação passa a ser considerado interno e dependente da firma. Assim, aspectos antes desconsiderados, como diversidade, rotinas organizacionais, capacidades tecnológicas, estratégia, esforços de inovação e, até mesmo, coordenação e gestão passam a integrar os debates. A firma passa a ser vista como um agente cujas competências e cujo domínio sobre a tecnologia, devidamente alinhados a uma estratégia específica, buscam estabelecer sua própria trajetória de evolução. Este estudo examina a evolução das perspectivas acerca de tecnologia e inovação na Economia, destacando a relevância da Teoria da Firma enquanto marco teórico propulsor da elaboração de perspectivas mais amplas acerca do processo de inovação tecnológica na firma.

Humanidades digitais em ambientes digitais de informação

“…A conclusão geral é de que o PGI contribui para inovações predominantemente incrementais no banco comercial investigado, confirmando achados de Silva (2016), quanto à vocação inovativa destes programas e quanto ao contexto de que grandes empresas tendem a se beneficiar de geração sistemática de ideias para obtenção de inovação contínua (GAMA; FRISHAMMAR; PARIDA, 2019). Dentre as 18.450 ideias registradas nas últimas seis edições do programa, a implementação de 341 inovações, em sua grande maioria relacionadas à melhoria de processos, confirmam Marins (2007), que as empresas que adotam os aspectos centrais da Teoria Evolucionária da Inovação (TEI), notadamente de inovação tecnológica baseada em rotinas, ampliam o desenvolvimento tecnológico endógeno.…”

As dimensões e o uso do conhecimento como potencializadores da competitividade e crescimento da firma

“…Adicionalmente, a firma, como um todo, é permeada de conhecimento, e este não pode ser reduzido a um único indivíduo, mas deve ser analisada no agregado de competências e habilidades dos indivíduos que a compõem. Esse conhecimento será refletido na "forma de fazer as coisas" da firma e a acumulação do conhecimento tecnológico, por exemplo, não é um processo que pode ser facilmente codificado (MARINS, 2007). Constata-se que aquilo que está "por trás" das rotinas são as habilidades dos indivíduos.…”

“…Por isso, a gestão de conhecimento se constitui em estratégias pautadas no aprendizado. As firmas que investem e valorizam os mecanismos de aprendizagem têm respaldo para a sua contínua adaptação e renovação no ambiente de negócios, de modo a ampliar a sua longevidade (MARINS, 2007). O cenário competitivo no qual as firmas estão inseridas configura-se pela necessidade de criação e renovação de vantagens competitivas.…”

The Incubation Process and the Strengthening of the Firm: a Study in Brazilian Companies

“…Furthermore, the same author says that firms exist because of the costs involved in conducting determined market activities. In many situations, the cost of acquiring an asset in the market is higher than the actual price of this asset, since this acquisition also involves other costs such as: research, negotiating and maintenance of trade secrets (Marins, 2007).…”