Educação Financeira Escolar: Tomada de Decisão e Consumo na Percepção de Estudantes do Ensino Fundamental

Abstract

O objetivo do trabalho foi investigar percepções de estudantes do Ensino Fundamental quando questionados sobre consumo a partir de uma atividade de Matemática. Neste trabalho, o foco está direcionado à Educação Financeira que acontece no ambiente escolar. Acredita-se que educar-se financeiramente não é atribuição apenas dos consumidores de maneira geral, mas também dos estudantes e da escola. Foi realizada a aplicação de uma atividade de Matemática, elaborada para essa investigação, referente ao consumo e conta de água de um prédio, com um grupo de cinco estudantes do oitavo ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública da cidade de Orobó - PE, com idades entre 12 e 14 anos. Após a aplicação da atividade, os estudantes foram convidados a uma entrevista individual para discutirem sobre as respostas apresentadas. Os questionamentos tiveram o objetivo de gerar uma discussão acerca de consumo e planejamento do orçamento familiar, que apenas as respostas do ponto de vista matemático não conseguiram alcançar. Os resultados demonstram que a Matemática sozinha não é suficiente para a solução de problemas com base na vida real, ela necessita de uma discussão pautada na Educação Financeira. Como conclusão, destacamos que as atividades de Matemática podem ser uma rica ferramenta de reflexões em Educação Financeira e que o papel do professor é de grande importância neste processo.

Vista dos estudos sobre educação financeira no âmbito de instituições de ensino no Brasil: uma revisão integrativa de literatura

“…Essa perspectiva foi integrada em todos os níveis de ensino, desde o fundamental até o superior, demonstrando sua importância.Na educação do ensino fundamental, pelo estudo deCarvalho (2019), foi observado que, ao analisar todas as respostas, torna-se evidente que os estudantes estão, de certa forma, sendo enganados pelo mercado financeiro, ou seja, estão sendo iludidos pela cultura do consumismo desenfreado. Em contraste comSilva, J. et al (2022), que apresenta uma conclusão semelhante, há um argumento em favor da expansão da discussão sobre a EF no ambiente escolar e a tomada de decisões, tanto no Brasil quanto no exterior. Isso se baseia nos resultados de seu estudo, que também destacam a persistente limitação na abordagem de temas cotidianos essenciais nas escolas, em virtude da falta de conhecimento dos estudantes sobre essas questões.Já contracenando com o estudo de Mazzi e Domingues (2021), os dados revelaram que os estudantes percebem a relevância da disciplina de EF para enfrentar situações do dia a dia que envolvem compreender os preços de produtos e tomar decisões financeiras.…”