Os agrotóxicos garantem o aumento da produtividade agrícola, porém podem afetar os seres vivos, causando intoxicações e contaminando o meio ambiente. Nesse sentido, este trabalho realizou um levantamento no ano de 2010, em Casa Nova (BA), acerca dos aspectos socioeconômicos, da percepção de risco e das práticas de uso dos agrotóxicos. Constatou-se que a maioria dos manipuladores de agrotóxicos são homens, com faixa etária acima de 50 anos, analfabetos ou com as primeiras séries do Ensino Fundamental, detêm renda familiar inferior a um salário mínimo e atuam a mais de 20 anos em atividades agrícolas. Quanto à utilização, 98% utilizam agrotóxicos e apenas 2% realizam controle biológico. A maioria não conhece nenhuma das classes de toxidade dos agroquímicos e usam, principalmente, agrotóxicos pertencentes à classe II (altamente tóxicos), muitos não utilizam os equipamentos de proteção individual ou os utilizam de maneira incompleta. A maioria deles conhece o procedimento de tríplice lavagem e o correto destino das embalagens vazias de agrotóxicos que aprenderam na loja de fertilizantes, porém, apenas 42% o fazem.