A esclerose mútipla é uma das doenças desmielinizantes mais comumente estudada e teve um crescimento global da média do número de casos entre 2008 e 2013. A evolução clínica dá-se através de déficits e sintomas, ambos de cunho neurológico,que prejudicam a rotina e a qualidade de vida do portador da doença. O tratamento para a esclerose múltipla é feito através de fármacos imunossupressores e imunomoduladores. Estudos recentes associaram a melhora dos sintomas da esclerose múltiplaem pacientes que são soropositovos para HIV e que estão realizando tratamento para o víruscom os antirretrovirais. Há a hipótese de que esses medicamentos agem suprimindo a expressão de retrovírus endógenos humanos, incorporados ao genoma humano durante a evolução da espécie, e se investiga se estes estão associados ao desenvolvimento da esclerose múltipla. A fim de elucidar se há a eficácia de antirretrovirais no tratamento dos sintomas da esclerose múltipla, dados foram pesquisados na literatura científica. Neste estudo ficou claro que os antirretrovirais podem auxiliar os pacientes portadores de esclerose múltipla no que se refere a atenuação dos sintomas, principalmente nos quadros de surtos. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para elucidar melhor estes processos, requerendo maior tempo de estudo e um número mais elevado de pacientes.