“…Este tipo de olhar que estabelece uma relação de causa e efeito da prática corporal/atividade física e saúde, pautada na abordagem biomédicaepidemiológica, em que há contabilização de gastos calóricos, atribui o risco ao sedentarismo e a atividade física, como terapia não medicamentosa, acaba por predominar entre as publicações que se relacionam à saúde pública 27,28 . Por outro lado, existe resistência a essa abordagem, que contrapõe essas normatizações e questões prescritivas, pois são evidenciadas incongruências do que é o sedentarismo 29 e, ainda reforçados por Ferreira, Castiel e Cardoso 30 quando analisam a associação dos discursos da promoção da saúde, exemplificado através do programa Agita São Paulo, possuem uma abordagem comportamentalista, "que demoniza o sedentarismo, culpabiliza seus adeptos e apoia suas estratégias em mudanças comportamentais individuais como meio de redução do risco epidemiológico, independentemente dos condicionantes sociais, econômicos e culturais" (p. 865).…”