ResumoCom o intuito de suprir a demanda e o progresso na piscicultura, o setor industrial investiu na produção de rações, cuja formulação depende de ingredientes constituídos de grãos susceptíveis à contaminação por fungos micotoxigênicos. O trabalho visou avaliar a composição química (qualidade nutricional), aliada à susceptibilidade ao risco de contaminação por micotoxinas (aflatoxina e fumonisina), em 42 amostras de ração, pertencentes a cinco marcas comerciais, utilizadas nos pesqueiros da Região de Londrina-PR. A análise da composição química indicou qualidade nutricional adequada das rações, não se constatando diferença significativa na composição bromatológica geral entre os tipos de rações extrusada e peletizada (p>0,05). Os níveis de aflatoxina variaram desde não detectável a 15,60 ng/g, com 61,90% de amostras em níveis <4ng/g, indicando estar dentro da recomendação nacional, fixada em 20 ng/g. Em relação a fumonisina (não detectado a 11,22µg/g), 76,20% das amostras apresentaram níveis <4µg/g. Não se constatou diferença entre ração peletizada e extrusada para os níveis destas micotoxinas (p>0,05), porém a co-ocorrência de aflatoxina com fumonisina em 23,8% das rações, sugeriu risco de sinergismo tóxico, apontando a importância de monitoramento no controle de micotoxinas na dieta de peixes. Por outro lado, considerando a constante renovação de rações nos pesqueiros, pode-se inferir uma baixa possibilidade do incremento de aflatoxina e fumonisina devido a armazenagem local, devendo o ponto crítico ser direcionado ao estágio de produção de matéria prima no campo e pré-processamento, independentemente de marca ou diferenças nutricionais. Palavras-chave: Aflatoxinas, fumonisinas, ração, piscicultura.
AbstractWith intention to supply the demand and progress of aquaculture, the industrial sector invested in the production of feed, whose formulation depends on grains susceptible for mycotoxigenic fungi. The objective of this work was to evaluate the chemical composition (nutricional quality) associated with the