AGRADECIMENTOSAo meu orientador professor Dr. Marcelo Breda Mourão pelos ensinamentos, paciência e confiança no trabalho. Ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas e ao Dr. João Batista Ferreira Neto pela oportunidade e apoio. Aos meus pais Marcia e Sergio pelo esforço e sacrifício para que eu tivesse uma educação deste nível. A Companhia Ferroligas Minas Gerais (Minasligas) e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo apoio financeiro. Ao Engenheiro Metalúrgico Pedro Henrique Borges da Silva pelos primeiros esforços com esse modelo cinético e por me ensinar todos os truques do forno Daido. Tudo o que um homem pode imaginar outros homens poderão realizar. (Júlio Verne) -Escritor francês RESUMO A demanda por energia fotovoltaica vem aumentando a razão de mais de 20% ao ano no mercado internacional nos últimos dez anos. O silício com pureza entre 99,999% e 99,99999% é utilizado na fabricação de células fotovoltaicas. O silício metalúrgico tem pureza entre 98,5% e 99%. Este estudo visa investigar o refino a vácuo como um processo alternativo de menor custo para se obter o silício para células fotovoltaicas. Este processo pode remover o fósforo do silício, que é um dos elementos prejudiciais à célula fotovoltaica. Isso permitiria agregar valor à produção brasileira de silício metalúrgico, que alcança um preço de aproximadamente US$2,5 por quilo, enquanto o silício para células fotovoltaicas varia entre US$20 e 60 por quilo. Foram realizados experimentos de fusão em forno de indução a vácuo, variando parâmetros como temperatura, tempo e pressão. O teor de fósforo caiu de 33 ppm para cerca de 0,1 ppm e os resultados foram comparados com um modelo matemático da literatura. Conclui-se que o refino por este processo é tecnicamente viável. Palavras-chave: purificação de silício, refino a vácuo, fósforo, forno de indução a vácuo. ABSTRACT The demand for photovoltaics is increasing at a ratio over 20 % per year in the international market in the last ten years. Silicon with purity of 99.999 % and 99.99999 % is used in the manufacture of photovoltaic cells. The purity of metallurgical silicon is between 98.5% and 99%. This study aims to investigate the vacuum refining process as a lower cost alternative to obtain silicon for photovoltaic cells. This process can remove phosphorus from silicon, which is a harmful element to the photovoltaic cell. This would add value to Brazilian production of metallurgical silicon, that reaches a price of approximately U.S.$ 2.5 per kilogram, while the silicon for photovoltaic cells varies between U.S.$ 20 and 60 per kilo . Melting experiments were performed in a vacuum induction furnace by varying such parameters as temperature, time and pressure. The phosphorus content dropped from 33 ppm to about 0.1 ppm and the results were compared with a mathematical model from literature. It is concluded that refining of this process is technically feasible .