INTRODUÇÃOA disfagia é uma condição que submete o indivíduo a constante instabilidade clínica, podendo ocasionar complicações como pneumonia aspirativa, desidratação, desnutrição e óbito. Devido a estas questões, este sintoma pode aumentar os custos dos cuidados de saúde com o indivíduo disfágico, bem como prolongar a duração da estada hospitalar (1) . Desta forma, distintas tem sido as propostas para a reabilitação da disfagia orofaríngea pesquisadas ao longo dos anos e discutidas por alguns artigos de revisão (2)(3)(4) . A mais nova abordagem proposta para a reabilitação da disfagia orofaríngea trata-se da eletroestimulação neuromuscular (EENM), considerada uma técnica não invasiva, aplicada através de eletrodos de forma transcutânea. Considerada um dos recursos terapêuticos atuais para a disfagia orofaríngea, a EENM é usada desde 1997 nos Estados Unidos, quando aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), com a finalidade de promover movimentação suprahióidea, laríngea e para o favorecimento da contração dos grupos musculares envolvidos diretamente com a deglutição (5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)(12)(13)(14)(15)(16) . A EENM vem sendo citada como tendo um importante papel em vários segmentos na clínica da reabilitação. A EENM pode ser usada para conseguir o aumento efetivo na força muscular, no tratamento das limitações da amplitude de movimento das articulações devido a restrições de tecidos moles ou fraqueza, para a redução da debilidade no desempenho neuromuscular minimizando a incapacidade associada a espasticidade, para a redução das debilidades de controle do movimento, nos músculos inativos e para favorecer a criação de um feedback que maximize o desempenho muscular após exercícios de contração muscular voluntária (17)(18)(19)(20)(21) . O objetivo do presente estudo foi apresentar revisão bibliográfica sobre a aplicabilidade e a eficácia da eletroestimulação neuromuscular na reabilitação da disfagia orofaríngea, a partir de um amplo levantamento bibliográfico nas bases de dados (SciELO, LILACS, PubMed e Cochrane), entre 1983 à 2010, e livros sobre a área.
REVISÃO DE LITERATURAA EENM terapêutica foi proposta como uma opção de tratamento para a disfagia orofaríngea, demonstrando benefí-cios para disfágicos após Acidente Vascular Encefálico (AVE), pós-radioterapia, em pacientes com xerostomia (22) , tensões e dores, com resultados favoráveis para o aumento na qualidade vocal e na deglutição desta população (20) . No entanto, pouco