“…A difusão do temor ocidentalista de que economias emergentes e seus estrategistas criem e disseminem um tipo ameaçador de capitalismo -em especial o chamado capitalismo de Estado -ajuda a explicar o reconhecimento de diferenças e os processos correspondentes de gestão das diferenças pelo pós-Consenso de Washington (Gonçalves, 2005;Hurrell, 2009). Por meio de políticas de engajamento e resistência a tais mecanismos, economias emergentes mantiveram considerável poder de governança por meio de reestruturação de suas organizações e instituições de governo (Diniz, 2000;Eaton & Dickovick, 2004;Swyngedouw, 2005) e de crescente importância nos diferentes âmbitos de governança global (Hurrell & Sengupta, 2012) e também na promoção de alternativas responsáveis ao ocidentalismo extremado. Lançada em 2003, como um contramovimento ao avanço do novo imperialismo e à crise do capitalismo financeiro, a iniciativa IBAS, que reúne Índia, Brasil e África do Sul, ilustra, no âmbito das economias emergentes, não apenas "a renovada centralidade do desenvolvimentismo, mas também a ênfase renovada na cooperação Sul-Sul" (Lima & Hirst, 2009, p. 50 , a partir de então sob uma perspectiva desenvolvimentista transnacionalista em resposta ao avanço do novo imperialismo.…”