Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: atenção ao paciente com sintomatologia psiquiátrica

Abstract

Objetivo: conhecer as intervenções realizadas pela equipe de enfermagem em duas unidades de terapia intensiva junto a pacientes com sintomatologia psiquiátrica. Método: qualitativo e descritivo. Participaram 28 membros da equipe de enfermagem. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada e observação estruturada não participante. A análise seguiu os passos da Análise de Conteúdo. Resultados: emergiram três categorias, a primeira refere-se ao diálogo como instrumento de cuidado, a segunda aborda questões inerentes a contenção mecânica/medicamentosa e a última sobre a família como elemento terapêutico na atenção ao paciente com sintomatologia psiquiatria em unidade de terapia intensiva (UTI). Conclusão: o paciente internado em UTI pode apresentar sintomas psiquiátricos decorrentes de doença orgânica ou pelo desgaste emocional pela permanência nesse espaço. Desse modo, a equipe de enfermagem intensivista deve estar apta para identificar e intervir de forma assertiva junto ao paciente, o que inclui diálogo e administração de medicação.

Dúvidas Sobre Covid-19 Compartilhadas Em Rede Social Twitter: Subsídio Para Intervenções Educativas Em Saúde

“…Com relação aos cuidados de enfermagem desenvolvidos no contexto hospitalar, foram citados principalmente a assistência no autocuidado, banho, escovação dos dentes, alimentar-se e os cuidados de cunho procedimental, tais como, renovação de curativo, administração de medicamentos, redução da luminosidade dos leitos no período noturno e ajuste dos alarmes do monitor para aqueles que precisam de monitorização contínua (CATTANI et al,2018;MATOS et al, 2018;REISDORFER et al, 2018).…”

“…No tocante a administração de medicamentos, os principais cuidados de enfermagem incluem realizar orientações à própria pessoa hospitalizada e aos seus familiares/ acompanhantes sobre a terapia proposta e seus objetivos, fazer uso criterioso das medicações, em especial sedativos, respeitando a prescrição médica a qual deve conter: via, dose, horário, nome do medicamento, forma farmacêutica e registro (REISDORFER et al, 2018;MATOS et al, 2018).…”

“…prestados com efetividade, por meio do diálogo, embora, em determinados casos, também seja necessário implementar a contenção química (TOLEDO; OLIVEIRA; PACHECO; GARCIA, 2019). Desse modo, o profissional de enfermagem deve identificar e intervir nos fatores de risco do paciente, e se possível, nas condições impostas pelo ambiente hospitalar para assegurar sua segurança(SLEMON, 2017;REISDORFER et al, promoção da segurança do paciente; articulação dos serviços de saúde no processo de ressocialização das pessoas com transtornos mentais.Como limitação do estudo cita-se o baixo poder de generalização dos resultados obtidos devido a uma amostra pequena, composta majoritariamente por pesquisas nacionais. Neste sentido, recomenda-se novos levantamentos com recorte temporal mais abrangente, incluindo outros idiomas, bases de dados e estudos com maior nível deevidência.…”

Especialização latu sensu de enfermagem em terapia intensiva no Brasil

“…Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é designada à prestação de assistência contínua aos pacientes em estado grave, com uso de tecnologias/ equipamentos necessários ao diagnóstico e tratamento. 1 A alta complexidade dos cuidados nesse contexto, exige dos profissionais habilidades e competências específicas para uma atuação qualificada e resolutiva. 2 Em conformidade com a Resolução n°07/2010 do Ministério da Saúde, o enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem, pode assumir a responsabilidade técnica ou coordenação em, no máximo, duas UTI, deve ser intitulado, especialista em terapia intensiva ou outra especialidade destinada ao paciente crítico.…”