Ensino de Habilidades Rudimentares de Leitura para Alunos com Autismo

Abstract

RESUMO: Este estudo teve como objetivo verificar a emergência de relações entre palavra impressa e figura, palavra ditada e palavra impressa e nomeação de palavras, a partir do ensino de relações entre estímulos (figura-palavra impressa) e entre estímulo e resposta (nomeação de figura), empregando o emparelhamento multimodelo. Participaram dois alunos com diagnóstico prévio de autismo que frequentavam uma instituição especial. Foi empregado o procedimento de emparelhamento multimodelo para ensino das relações entre figuras e palavras impressas. Nesse procedimento, cada tentativa foi composta por três estímulos modelo e três estímulos de comparação. O participante deveria parear cada um dos estímulos de comparação com o estímulo modelo correspondente. Também foi ensinada a relação de nomeação de figura. No teste, foi avaliada a emergência das relações entre palavras impressas e figuras, entre palavras ditadas e palavras impressas e a nomeação de palavras impressas. Os dois participantes necessitaram de um baixo número de tentativas no emparelhamento multimodelo para atingir o critério de aprendizagem nas tarefas de ensino e apresentaram emergência de relações não ensinadas diretamente. Os resultados demonstraram que, nas tarefas de nomeação, os participantes apresentaram melhora no desempenho nas relações avaliadas (nomeação de figuras, palavras, letras e vogais). Os dois participantes mantiveram desempenho nulo na nomeação de sílabas. Estudos futuros devem considerar as características comportamentais dos participantes como recurso para o planejamento de ensino.

An overview of key papers preceding Sidman equivalence

“…Their efforts have contributed to major activity in basic research related to stimulus equivalence over the past four decades (e.g., Arntzen, 2012). Because the technology was developed based on applied contexts, such as teaching basic reading skills to people who were often seen as too poorly functioning to learn reading, the technology has had a significant impact in applied contexts (e.g., de Rose et al, 1996; Mackay, 1985; Matos et al, 2006; Millan & Postalli, 2019). A basic question repeatedly raised throughout Sidman's research was how a researcher or teacher could communicate effectively with others, including people who have not exhibited verbal behavior (e.g., Sidman & Stoddard, 1966).…”

O ensino de Artes Visuais e o processo de inclusão de adolescentes com transtorno do espectro autista: realidade e perspectivas

“…Desde décadas atrás que o ensino de habilidades específicas para crianças e adolescentes com autismo vem sendo discutidos, e a literatura relata que poucos estudos abordam essa temática, uma vez que a maioria dos trabalhos foca nas questões relacionadas aos sintomas e características do autismo, como a dificuldade de comunicação, falta de interatividade, comportamentos e estereotipias que são característicos do transtorno (Gomes, 2007;Millan & Postalli, 2019;Wuo, 2019).…”

Equivalence‐based instruction to teaching reading by families and teachers students with autism and/or intellectual disabilities

“…In a study with a population with different repertoires ‐ ID, preschoolers, students with learning difficulties and illiterate adults ‐, students with ID needed remedial procedures, and of five participants, three could not read generalization words (Melchiori et al., 2000). In 2019, the procedure was conducted with two children with Autism Spectrum Disorder (ASD) using multi‐sample matching ‐ three sample stimuli and three comparison stimuli ‐ to teach the relations between picture and printed words, with an increase in reading in the final tests (Millan & Postalli, 2019). These data show that the set of individualized tasks, using equivalence‐based instruction, proved to be efficient for most students, but that it would still be necessary to plan additional strategies that work for all students, especially those with ID and ASD.…”

“…Although successful results based on stimulus equivalence technology were achieved (de Rose et al., 1989; de Souza et al., 1997; Melchiori et al., 2000; Millani & Postalli, 2019; Sidman, 1971; Sidman & Tailby, 1982), there is a lack of studies that included parents and teachers as implementers of this kind of equivalence‐based instruction. One plausible hypothesis is that the involvement of family members and teachers when applying the procedure in a natural environment might be a viable strategy to guarantee good teaching conditions for students with ID and ASD, through the use of teaching technologies that could facilitate the training of these teaching agents, in addition to enabling the teaching of reading and writing, as an alternative learning tool.…”