Introdução: A identificação de fatores de risco, diagnóstico e prevenção do câncer devem ser construídos e consolidados durante a formação médica. No entanto, os conteúdos de cancerologia ainda são limitados na maioria das escolas médicas, com estudantes considerando insatisfatória a atenção dada para a compreensão das doenças oncológicas na estrutura curricular. Objetivo: Avaliar o conhecimento e atitude dos acadêmicos de medicina acerca do câncer de colo de útero e da colpocitologia oncótica. Métodos: Os discentes foram separados em dois grupos: G1, com alunos do terceiro ano do curso, e G2, sexto ano. Aplicou-se questionário para avaliar e comparar o conhecimento dos grupos sobre os fatores de risco, sinais e sintomas do câncer cervical, atitudes diante do exame citopatológico e da percepção do ensino-aprendizagem de neoplasias cervicais na faculdade. Resultados: O G2 demonstrou compressão significativamente maior em relação aos sinais e sintomas (87,5%), afirmando que metrorragia e dor pélvica podem ser indícios da doença (p=0,006), dispareunia e sangramentos durante o ato sexual (91,1%; p=0,043). Diante de um Papanicolau com diagnóstico de Lesão de Baixo Grau, 28,3% do G1 solicitariam a repetição do exame em 6 meses, enquanto 53,7% do G2 seguiriam essa conduta (p=0,012). A maioria dos estudantes (45,3%) considera razoável a abordagem dos conteúdos sobre o câncer na faculdade e se sente parcialmente preparada (49,2%) para atuar no controle da doença. Conclusão: Houve um ganho discreto nos conhecimentos do G2 em comparação ao G1, sinalizando que, apesar do maior contato e exposição aos conteúdos avaliados, esta progressão foi pouco representativa.