Entre julho de 2014 e janeiro de 2015, lecionei Laboratório de Ensino de Ciências Sociais no município de Codó (MA), pelo Programa de Formação de Professores para Educação Básica (Profebpar) existente na Universidade Federal do Maranhão. Ao saberem que era antropólogo, contudo, osalunos pediram que fizesse um “resumo de antropologia”, pois alegavam que não “haviam entendido” essa disciplina. De improviso, como estratégia pedagógica, abordei processos de construção de classificação social através de discussões entre natureza e cultura, costurando vários autores-exemplares de tipos de antropologia. Os alunos riram das interpretações de Clifford Geertz sobre briga de galos, e foi quando descobri que eram familiarizados com esse universo. Nesse texto, analiso qual foi o lugar das experiências dos alunos nas suas leituras pragmáticas dos textos, influenciando as dinâmicas de ensino-aprendizagem de antropologia.