O objetivo deste estudo é compreender como a psicologia pode contribuir na escuta de crianças vítimas de violência sexual, considerando o fenômeno das falsas memórias, suas repercussões e os instrumentos que esse profissional poderá utilizar na realização desse procedimento. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura de abordagem qualitativa. Para elaboração deste estudo, os artigos foram pesquisados no portal Periódicos Capes e na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo). Os resultados apontam que a partir de estudos realizados, as falsas memórias podem ser espontâneas e sugeridas, podendo ser influenciadas tanto por fatores internos quanto externos provindos do ambiente. Foi possível analisar que no Brasil, alguns dos instrumentos utilizados pelo psicólogo para auxiliar em sua prática são a Entrevista Cognitiva, o protocolo NICHD (National Institute Child and Humam Development) e o Protocolo de Entrevista Forense. Conclui-se que, o profissional de psicologia tem sido cada vez mais solicitado nos procedimentos de depoimento especial, apontando para a necessidade de capacitação continuada por meio de instrumentos reconhecidos pela ciência psicológica. As limitações encontradas neste estudo, referem-se as poucas pesquisas realizadas no lapso temporal estabelecido, suscitando novos estudos que abordem sobre prevalência das falsas memórias no relato das vítimas de violência, considerando os riscos e desafios desse fenômeno, tendo em vista um maior aprimoramento das técnicas utilizadas na oitiva de crianças e adolescentes.