O objetivo deste estudo é compreender como a psicologia pode contribuir na escuta de crianças vítimas de violência sexual, considerando o fenômeno das falsas memórias, suas repercussões e os instrumentos que esse profissional poderá utilizar na realização desse procedimento. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura de abordagem qualitativa. Para elaboração deste estudo, os artigos foram pesquisados no portal Periódicos Capes e na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo). Os resultados apontam que a partir de estudos realizados, as falsas memórias podem ser espontâneas e sugeridas, podendo ser influenciadas tanto por fatores internos quanto externos provindos do ambiente. Foi possível analisar que no Brasil, alguns dos instrumentos utilizados pelo psicólogo para auxiliar em sua prática são a Entrevista Cognitiva, o protocolo NICHD (National Institute Child and Humam Development) e o Protocolo de Entrevista Forense. Conclui-se que, o profissional de psicologia tem sido cada vez mais solicitado nos procedimentos de depoimento especial, apontando para a necessidade de capacitação continuada por meio de instrumentos reconhecidos pela ciência psicológica. As limitações encontradas neste estudo, referem-se as poucas pesquisas realizadas no lapso temporal estabelecido, suscitando novos estudos que abordem sobre prevalência das falsas memórias no relato das vítimas de violência, considerando os riscos e desafios desse fenômeno, tendo em vista um maior aprimoramento das técnicas utilizadas na oitiva de crianças e adolescentes.
A neuropsicologia é uma área de atuação consideravelmente nova perante a normalização da psicologia no Brasil em seus 59 anos. Posto que, a prática do neuropsicólogo vem se mostrando primordial junto a equipe multi e interdisciplinar no processo de avaliação e reabilitação das crianças com transtorno do espectro autista. Esse estudo irá apresentar a atuação do neuropsicólogo no atendimento e reabilitação de crianças com TEA. Trata-se de uma entrevista qualitativa semi-estruturada realizada com duas neuropsicólogas, utilizando a análise de conteúdo de Bardin para descrição dos resultados. Observou-se que o neuropsicólogo auxilia nas avaliações inicias, além de fornecer assistências para equipe e familiares sobre o manejo que deve-se adotar na reabilitação do paciente, ainda que, encontram-se dificuldades, na prática em equipe, contudo, a atuação em grupo é necessária para um diagnóstico completo e reabilitação. Portanto, o neuropsicólogo tornou-se um profissional presente nas equipes de reabilitação de crianças com TEA, canto nos hospitais como nos centros especializados, tendo em vista que, com seus conhecimentos o processo de desenvolvimento ganhar qualidade e praticidade no decorrer do tratamento.
O objetivo desta pesquisa é analisar os impactos da pandemia da Covid 19 na violência doméstica praticada contra a mulher. Optou-se pela pesquisa baseada no levantamento de dados oriundos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pela coleta de informações em jornais, revistas e vídeos veiculados em meio eletrônico. A violência contra a mulher é um problema multifatorial e sistêmico, envolvendo alguns determinantes como: questões culturais e de gênero, vulnerabilidade social e raça. No Brasil, nove em cada dez casos de violência contra a mulher ocorrem no ambiente doméstico. O recorte temporal utilizado foi o período de março e abril de 2020, comparados com o mesmo período do ano anterior. Os dados coletados apontam que existe uma significativa relação entre o aumento da violência doméstica contra a mulher e o distanciamento social, como medida sanitária para prevenção da Covid 19. Foi possível inferir um aumento expressivo do número de feminicídios e um incremento nas denúncias por meio das redes sociais e por canais de denúncia do disque 180 e 190. Por outro lado, os registros de denúncia que dependem da presença física da mulher apresentaram queda durante o período pesquisado. É possível concluir que houve um aumento expressivo de casos de violência doméstica contra a mulher no período pesquisado e a importância de que sejam intensificadas intervenções para fortalecer as políticas públicas de proteção e enfrentamento específico dessa temática.
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