“…Entende-se que ao serem alvo de investidas disciplinadoras, de modo a serem controlados e docilizados, os corpos produzirão um espaço com essas características, enquanto espaços ocupados por corpos subversivos apresentará outras dinâmicas, repercutindo no comportamento dos indivíduos que se apropriam dele, assim como no supracitado caso dos territórios de prostituição de travestis. Outros exemplos da subversão às normas, que trazem impactos no espaço, ficam muito evidentes em estudos etnográficos como os realizados por Braz (2009Braz ( , 2011 e Barreto (2019) que ao investigarem locais voltados ao sexo entre homens perceberam dinâmicas comportamentais muitos específicos, que se manifestam unicamente nesses locais. Barreto (2019) mostra que nesses encontros se segue outras matrizes de valores morais, que supervaloriza a ideia de autonomia e liberdade quanto às escolhas do que se faz com o próprio corpo, o que demonstra que as ideia de "prevenção", "cuidado", "saúde", "risco", entre outros, podem seguir outras lógicas, que variam conforme o contexto sociocultural em tela na análise, e a subversão se concretiza pelo/no corpoterritório.…”