ResumoO câncer é uma doença que afeta milhares de pessoas a cada ano. A espiritualidade é, muitas vezes, a forma como pessoas com câncer encontram para enfrentar o estresse decorrente dessa doença. O objetivo do presente estudo foi verificar se a espiritualidade tem influência positiva no enfrentamento do câncer. A busca na literatura foi realizada por meio das bases de dados: SciELO, LILACS, BVS e Portal CAPES. Como critério de inclusão, optou-se por estudos que estivessem na língua portuguesa ou espanhola e que tivessem sido publicados a partir do ano 2000. Foram encontrados treze artigos que se encaixaram no perfil. Os estudos mostraram que a espiritualidade se correlaciona positivamente com a qualidade de vida, assim como com melhor aceitação da doença. Verificou-se também que a espiritualidade trouxe benefícios aos pacientes oncológicos. Novos estudos são necessários nesse tema, visando relacionar principalmente espiritualidade com bem-estar físico. Palavras-chave: Câncer, Estratégias de Enfrentamento, Espiritualidade, Estresse, Qualidade de vida Com o aumento da expectativa de vida e consequentemente, aumento da população idosa, as doenças crônicas se tornaram mais comuns, pois estão diretamente ligadas ao envelhecimento (Kubler-Ross, 2008), e relacionadas concomitantemente a outros fatores, como tabagismo, alcoolismo, hábitos de alimentação não saudáveis e exposição a agentes cancerígenos, entre outros (Bourget et al., 2010;Prado, 2014) que têm seus efeitos, a longo prazo, manifestados principalmente nessa fase da vida. Segundo INCA (Brasil, 2014), a idade é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer, exemplos dos tipos de cân-cer que podem ser afetados pela idade são: câncer de próstata, câncer de mama, câncer de cólon e reto e câncer de colo do útero. Neste sentido, os altos índices de câncer são preocupantes, o que justifica o tema a ser estudado, juntamente com a variável espiritualidade (um modo de enfrentamento pautado na emoção). Diante das mudanças decorrentes da presença do câncer em pacientes oncológicos, faz-se necessário uma adaptação, por parte desses pacientes, a essa nova realidade, em conjunto com o desenvolvimento de seus recursos pessoais a fim de enfrentar melhor essa situação .Após o diagnóstico do câncer, este passa a representar a ligação do paciente com a sua vida, que muitas vezes sente que não tem mais controle sobre ela e passa então, a sentir ansiedade e medo diante do que pode acontecer no seu futuro, como por exemplo, o medo do sofrimento físico (nem sempre real). Fantasias como a de contaminação da doença, podem isolar o paciente e sua família de todo o convívio social (Bifulco, 2010). O paciente, que continua tendo necessidades, reações,