A Síndrome de Burnout tem sido considerada um problema social de crescente importância entre pesquisadores e comunidade prática devido ao impacto negativo no bem-estar e desempenho dos estudantes. Trabalhar durante o curso universitário pode ser um fator de risco de desenvolvimento da síndrome, devido a sobrecarga de atividades e papeis. Assim, o objetivo do estudo foi identificar semelhanças e diferenças na predição das variáveis sociodemográficas, acadêmicas e estressores acadêmicos para a Síndrome de Burnout em uma amostra não probabilística de 417 estudantes trabalhadores e 596 não trabalhadores. Como instrumentos foram utilizados a Escala de Avaliação da Síndrome de Burnout em Estudantes Universitários, um questionário sociodemográfico e acadêmico e um questionário de estressores acadêmicos. Os grupos apresentaram preditores semelhantes como perceber como estressor a relação com professores, conciliar estudo e lazer, realizar trabalhos extraclasse, e, relação com a instituição e se diferenciaram nas variáveis sexo, idade, tipo de universidade, semestre atual e estressores muitas disciplinas para cursar, realizar provas e trabalhos, relações com colegas. Assim, os grupos se diferenciam quanto às variáveis sociodemográficas, acadêmicas e estressores acadêmicos e as semelhanças ocorrem com os estressores acadêmicos. Neste sentido, os resultados obtidos sugerem a necessidade de intervenções diferenciadas para ambos grupos.